O São Luiz Campinas, da Rede D’Or, realizou sua primeira cirurgia robótica em paciente pediátrico. O procedimento, que teve como objetivo a correção de uma hérnia diafragmática em um paciente com 11 meses de vida, durou apenas uma hora, com a criança sendo liberada no dia seguinte.
A técnica ajustou um defeito congênito do diafragma do paciente, que possuía o intestino posicionado no tórax. Neste caso, o uso do robô foi um diferencial, já que proporciona visão imersiva e em 3D ao cirurgião, além de precisão superior à das mãos humanas, dando mais segurança ao paciente pediátrico, que possui estruturas menores e mais delicadas.
Na cirurgia robótica o médico pode dirigir os movimentos do aparelho por meio de um console central com controle remoto. “Esse método, inventado na década de 80 e presente no Brasil desde o ano 2000, é utilizado em diversas áreas como cirurgia-geral, oncologia, ginecologia, urologia e otorrinolaringologia. Na pediatria, ela é relativamente recente”, lembra Rodrigo Maselli Garcia, cirurgião pediátrico do Hospital e Maternidade São Luiz Campinas.
Primeiro a fazer a operação no interior de São Paulo, em 2021, Garcia destaca os que as cirurgias robóticas diminuem drasticamente as chances de sangramento, intercorrências e demais agravos pós-operatórios. “Os aparelhos replicam com perfeição os movimentos dos dedos, evitando erros como tremores ou imprecisões através do que chamamos de sensibilidade háptica. Ela produz atrito corporal mínimo e torna a ação indolor e minimamente invasiva ao paciente, o que também reduz a fadiga médica a quase zero”, complementa o especialista.
O São Luiz Campinas, inaugurado em maio de 2023, conta com o Robô Da Vinci X, que realiza cirurgias robóticas de diferentes complexidades, nas especialidades de Urologia, Cirurgia Geral, Ginecologia, Cardiologia, Cabeça e Pescoço, Cirurgia Torácica, Geral e agora pediátrica.
O equipamento está instalado em uma sala inteligente de 63 m², no centro-cirúrgico da unidade, totalmente adaptada com a infraestrutura necessária para robótica. Com 23 centros automatizados, a rede D’Or forma o mais avançado parque de cirurgia robótica da América Latina.