PEA evita processo inflamatório crônico no organismo

A inflamação crônica é presente em diversas patologias, com isso, esse fator prejudica o organismo como um todo. A inflamação desencadeia vários mecanismos de defesa do corpo humano, os quais são caracterizados pelo reconhecimento do estímulo da inflamação, ativação de células e posteriormente reparo do dano ao organismo. Compete também ao sistema imunológico a responsabilidade de promover a defesa no processo de inflamação, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio do corpo humano.

A palmitoiletanolamida (PEA) é uma substância produzida pelo organismo humano, mas também encontrada nos alimentos como soja, ovos e amendoim. A relação da PEA e a inflamação crônica existe devido ao fato dela ser anti-inflamatória e está interligada ao sistema endocanabinoide (SEC), o qual é constituído por enzimas D, receptores e endocanabinoide. O SEC por sua vez atua em conjunto com o sistema imunológico, modificando a forma como o corpo deve responder na inflamação, deste modo, o processo inflamatório poderá ser controlado pela ação anti-inflamatória da PEA.

Esse composto é possível encontrar nos alimentos maçã, ovo e tomate entre outros, no entanto, a ingestão desses alimentos é precária na sociedade e muita das vezes, a quantidade de PEA desenvolvida pelo próprio organismo é insuficiente para controlar o processo inflamatório, assim, se faz necessário fazer sua suplementação em cápsulas, pois além de ser um anti-inflamatório, auxilia a intensificar o efeito anti-inflamatório de outras substâncias produzidas pelo SEC, como é o caso do endocanabinoide anandamida (AEA), diminuindo a dor e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Mulheres e homens saudáveis ou não, podem se beneficiar com a palmitoiletanolamida, nas mulheres a suplementação pode tornar ótimo o ganho de massa muscular, força, potência e resistência, além de diminuir as dores menstruais e melhorar a qualidade do sono. Enquanto na saúde masculina, o composto atua principalmente contra a infertilidade masculina, por agir sobre vasos sanguíneos melhorando a drenagem do sangue dos testículos.

Diante disso, o fato de a palmitoiletanolamida ser um composto que o nosso próprio organismo produz, entende-se que com sua suplementação eleva a taxa de aceitação desse composto. As evidências científicas apontam que a PEA não promove reações adversas e nem efeitos colaterais, o que justifica e amplia ainda mais a sua aplicação na saúde, principalmente em pacientes que fazem uso de medicamentos anti-inflamatórios com múltiplos efeitos colaterais.

*Prof. Msc. Daniel Pereira é medical science liaison – MSL, mestre em tecnologia química nuclear, graduado em ciências farmacêuticas e bioquímicas, pós-graduando em fitoterápicos, farmácia clínica e hospitalar, docente universitário do curso de graduação e pós-graduação em farmácia e fundador do curso de aperfeiçoamento em ciências farmacêuticas e fitoterápicas.

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