Estudo mostra o que mudou no comportamento de saúde após a pandemia

Uma pesquisa recente realizada pelo Grupo Allianz Partners com mais de 25 mil consumidores em dez países, incluindo o Brasil, mostra quatro tendências que se intensificaram com a pandemia, especialmente pela mudança no comportamento de saúde e bem-estar das pessoas e na relação com as tecnologias.

A primeira tendência é uma mudança médica. O que se notou nos últimos anos foi um aumento de doenças crônicas, problemas de saúde mental, impulsionados pelo envelhecimento da população, estilos de vida sedentários, dietas pobres, pressões sociais etc., bem como o retorno de doenças infecciosas e pandemias. Com isso, 47% dos estudantes da chamada geração Z, entre 18 e 25 anos, se preocupam com problemas de saúde mental. Já 48% das famílias com filhos se preocupam com Covid-19 ou outros vírus.

A segunda tendência é a mudança de comportamento. Estamos testemunhando a transformação do “paciente” em um “consumidor”, isto é, aquele que esperava passivamente para ser tratado passa a fazer escolhas ativas para determinar seus próprios cuidados.

Quando se fala em saúde preventiva, o Brasil lidera o ranking entre os pesquisados. Dentro desse padrão, por exemplo, 60% dos pacientes com mais de 65 anos possuem interesse na triagem precoce para prevenir o aparecimento de condições às quais tenha alguma vulnerabilidade particular, seja por razões hereditárias ou de estilo de vida.
A terceira tendência é uma mudança tecnológica. A saúde remota se transformou em uma realidade e o aumento no uso da telemedicina foi acelerado pela pandemia de Covid-19. No Brasil, nota-se um aumento no uso de teleconsultas e entregas de medicamentos.  Por exemplo, 20% das famílias com filhos utilizaram a entrega de medicação em atendimento domiciliar e os brasileiros foram os que mais procuraram os serviços entre os pesquisados. Isso também se reflete em outros campos, como no aumento do uso do serviço de terapia remota e online e no uso da telemedicina para atendimentos simples e para a triagem inicial do atendimento.

A quarta tendência se dá em uma mudança tecnológica. Chegamos em um momento de controle hiperpersonalizado impulsionado por dados. O uso de tecnologias que permitem o monitoramento de uma variedade de métricas modificou a relação das pessoas com a sua saúde, o seu monitoramento de atividades físicas e o conhecimento de seu próprio corpo.

O saldo final é uma população mais atenta à sua saúde de forma completa, preocupada desde o monitoramento cotidiano de seu corpo até a preocupação com o atendimento médico nas redes públicas e privadas, bem como uma integração mais ampla de tudo isso com os dispositivos eletrônicos.

Há mais atenção com a saúde, porém também há mais busca por praticidade e atendimento rápido e seguro. É uma balança ampla e esses dados ajudam a criar nossas possibilidades de atendimento e adesão desses consumidores.

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