Diversas unidades de saúde e hospitais do Brasil usam diariamente soluções para o tratamento de substituição renal (diálise), como Duosol, uma solução pronta para uso produzida pelos Laboratórios B. Braun, que possui maior estabilidade evitando a contaminação e é utilizada por pacientes em todo o Brasil que fazem diálise em ambiente de UTI. A composição eletrolítica do Duosol se assemelha a do ser humano em condições hemodinâmicas normais, não sendo necessária nenhuma manipulação.
O laboratório teme que, muito em breve, não seja mais possível dar continuidade ao fornecimento deste medicamento no país, devido ao forte impacto das mudanças no cenário econômico registradas nos últimos 14 anos de atendimento à população brasileira, onde a elevação nos custos do produto não tem acompanhado os reajustes anuais concedidos pela CMED.
Segundo a empresa o preço do Duosol ficou defasado, (atualmente pratica-se no Brasil o menor preço em todo o mundo), além de sua comercialização causar prejuízo para a companhia, tornando sua comercialização e fornecimento inviáveis.
“Em um momento que se prioriza qualidade assistencial, redução de carga de trabalho da enfermagem e segurança do paciente, torna-se um retrocesso não utilizar uma solução completa, com bicarbonato, glicose e eletrólitos, inclusive cálcio, e que praticamente abole a manipulação da enfermagem à beira do leito”, explica Dr. Jose Cesar Batista Oliveira Filho, médico nefrologista.
“O Duosol é uma alternativa importante, segura, eficaz e que gera economia ao sistema, pois trata-se de uma solução pronta, que reduz implicações e diminui os custos. Desde 2019, a B. Braun pede a reavaliação de um preço justo à CMED, evitando gastos com as soluções semiprontas imputados aos cofres públicos e privados”, reitera Camila Narischi, Gerente da Unidade de Negócios de Diálise e Oncologia da B. Braun Brasil.