BP é reconhecida como centro formador de profissionais de cirurgia robótica

A capacitação robótica vem atraindo a atenção de muitos cirurgiões em diversas áreas da medicina. Isso porque com a expansão da realização de procedimentos cirúrgicos robóticos nos últimos anos, a aquisição de habilidades específicas para que o cirurgião alcance proficiência antes de realizar procedimentos cirúrgicos em humanos tornou-se fundamental.

No mundo, em 2020, mesmo com o advento da pandemia da Covid-19, foram realizadas mais de um milhão de cirurgias robóticas, um crescimento de aproximadamente 20% em relação ao ano anterior. No acumulado desde o surgimento da cirurgia robótica, em 2020, cerca de 8,5 milhões de pacientes já foram operados. O Brasil realizou aproximadamente 15.000 desse total.

O médico Gustavo Guimarães, coordenador do programa de cirurgia robótica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e uma das principais referências nesse tipo de cirurgia no país, lembra que a técnica vem evoluindo e tem muitos benefícios. “As cirurgias robóticas garantem tempo menor de hospitalização do paciente, reduzem os riscos de infecção, a dor e o sangramento durante a cirurgia, e os cortes feitos são menos incisivos e garantem maior precisão em locais de difícil acesso”, explica. “Por isso é importante o médico estar capacitado e atualizado constantemente”.

A BP acaba de ser reconhecida como centro formador de profissionais de cirurgia robótica, em um curso oferecido pela divisão de Ensino e Pesquisa da instituição para médicos, já que este tipo de cirurgia exige conhecimento de toda a equipe de profissionais dentro do centro cirúrgico. O curso é certificado pelas sociedades de especialidades e atende as novas regras elaboradas pela Associação Médica Brasileira (AMB).

Desde 2018 a BP realiza cirurgias com o robô Vinci Xi Surgical System com o auxílio da primeira mesa integradora do robô no país e todas as tecnologias disponíveis. Na unidade BP Mirante, a urologia corresponde a 75% do volume de cirurgias robóticas, enquanto no Brasil a média é de 55%.

Programa

A capacitação robótica da BP prevê um currículo que integra treinamento e avaliação de desempenho, mesclando ensino à distância (EAD) e presencial. A etapa inicial visa o conhecimento e adaptação do profissional à plataforma robótica e o desenvolvimento de habilidades psicomotoras baseadas em simulação cirúrgica. “O profissional treinará em um simulador onde aprenderá a posicionar as pinças, utilizá-las como se estivesse em uma cirurgia real. O robô utilizado nos procedimentos cirúrgico é manipulado através de um joystick parecido com um videogame”, explica Rozana Ciconelli, gerente da BP Ensino e Pesquisa.

Após essa etapa de treinamento, o cirurgião deverá acompanhar presencialmente um determinado número de cirurgias de acordo com sua especialidade, participar como cirurgião auxiliar em outros casos e ainda realizar outro tanto de cirurgias sob supervisão de um cirurgião preceptor, chamado de proctor. “O diferencial da BP é que é um centro de referência em cirurgias e o aluno pode participar de reuniões de discussões do grupo de cirurgia robótica”, diz Rozana.

De acordo com Thaissa Queiroz, especialista da Strattner, fabricante do robô Da Vinci, o cirurgião em formação experimenta uma imersão contínua na tecnologia da Vinci, estabelecendo um currículo pré-determinado para desenvolvimento de conhecimento avançado no uso da tecnologia robótica dentro dos programas de residência e fellowship, com apoio dos mais experientes cirurgiões robóticos do país. “A habilitação é reconhecida mundialmente e afirma o compromisso das empresas com a inovação, o treinamento e a educação”, diz.

O cirurgião que concluir todas as etapas será considerado habilitado em cirurgia robótica em sua especialidade e a certificação de habilitação definitiva é emitida pelas sociedades de especialidades filiadas à AMB.

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