Relatório aponta marketing digital e telemedicina como pilares do futuro da saúde

A Doctoralia, maior plataforma de agendamento de consultas do mundo, e Feegow Clinic, software líder em gestão para clínicas e consultórios, ambas empresas do Grupo Docplanner, anunciam o lançamento da quinta edição do Panorama das Clínicas e Hospitais que traz o cenário atual da saúde e tendências para os próximos anos. O mapeamento foi feito entre os dias 15 de agosto e 22 de setembro, em parceria com Memed, Patient Centricity, Neomed, Dr. Fisiologia e Comunidade Inovação em Saúde e contou com a participação de 1.048 representantes de clínicas e hospitais localizados nos 26 Estados do Brasil.

“A tecnologia tem sido pauta por pelo menos uma década e cada vez mais, surgem notícias com ‘tendências revolucionárias’. Mas a verdade é que o ritmo nunca foi tão intenso. Nosso mercado é reflexo direto das transformações econômicas, sociais e tecnológicas ao nosso redor. E assim, como em qualquer outro aspecto do dia a dia, a digitalização do cuidado já não é um diferencial, é uma expectativa básica. Por isso, separar o que é uma promessa distante, e talvez utópica, do que se aplica à realidade local se torna um desafio. E é com esse intuito que desenvolvemos esse panorama para retratar esse cenário atual e apontar os caminhos para o futuro de forma clara e objetiva”, afirma Felipe Rizzo, CEO da Doctoralia e Feegow.

O estudo aponta que 28% das instituições não investem em marketing, mas em compensação 16% do total tem a intenção de investir mesmo ainda não tendo feito por enquanto. Já com relação aos canais de atuação mais populares, pelo segundo ano consecutivo, o Instagram aparece como sendo o mais usado pelas clínicas e hospitais brasileiros – 8 em cada 10 instituições estão na rede social. Em seguida, destacam-se nas estratégias de marketing o WhatsApp (54%), o site próprio (51%) e o Google Perfil da Empresa (51%). Já o Facebook perdeu o pódio depois de quatro anos, apresentando uma queda de mais de 40%.

Dentre os principais objetivos para o uso dessas estratégias destacam-se aquisição de novos clientes, aumento de receita e visibilidade, retenção de clientes e reconhecimento de marca. O relatório aponta também que 66% das instituições aceitam algum tipo de plano de saúde. Além disso, os convênios correspondem a metade dos atendimentos ou mais em 55% das instituições pesquisadas. Isso explica o por que a escassez de pacientes particulares foi apontada como um desafio por um terço dos respondentes.

“A lucratividade é determinante no bom funcionamento de uma clínica ou hospital, assim como em qualquer negócio, e os planos de saúde podem dificultar esse balanço financeiro. Mas, vale ressaltar que eles podem exercer um papel estratégico na composição da sua receita. Com isso, a aceitação de convênios, quando bem trabalhada, torna-se um forte chamariz e abre portas. Uma vez atraído e satisfeito com a experiência, o paciente se torna mais receptivo para outros serviços particulares e ele pode recomendar a instituição àqueles que não têm acesso à assistência privada, impulsionando também o número de atendimentos particulares”, analisa Rizzo.

O levantamento indica que 69% dos centros de saúde já oferecem telemedicina. Isso mostra que os brasileiros estão em busca de praticidade, acessibilidade e  eficiência das consultas. Em comparação com o ano passado, nota-se uma leve alta no uso do teleatendimento e isso acontece porque a aceitação dos pacientes e familiaridade dos profissionais estão cada vez maiores.

Outro dado interessante é com relação ao número de ligações que as clínicas recebem diariamente. Em geral, a maior parte das instituições de saúde (31%) não atende mais de 25 ligações por dia. Por outro lado, uma parcela significativa (26%) atende mais de 50 chamadas. Assim o volume de ligações cresce de acordo com o tamanho do corpo clínico. Além disso, em alguns casos a taxa de não comparecimento é alta e traz consequências irreparáveis a todos os envolvidos. Em 32% das clínicas e hospitais, a taxa de no-show é superior a 11%. E isso resulta em três principais danos como sucesso financeiro comprometido, insatisfação dos profissionais de saúde e oportunidades perdidas a outros pacientes.

“Diante desses insights, é importante reforçar que, para 2025, a palavra de ordem será humanização, mas, ainda há alguns impeditivos, já que 72% dos entrevistados nunca mapearam a jornada dos seus pacientes, sendo que isso é essencial para identificar oportunidades de humanização. Além disso, para os ouvintes os dois maiores objetivos estão mais relacionados à rentabilidade, como aumento do faturamento e aquisição de novos pacientes. Por isso, esse relatório é tão importante, pois ele age como um guia no planejamento estratégico do negócio, com informações inéditas para entender as transformações reais no nosso mercado e reflexões que ajudarão sua instituição a crescer com propósito e liderança. Mas é sempre válido frisar que o futuro da saúde será tão humano quanto às ações que tomarmos hoje”, finaliza Rizzo.

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