A presença das mulheres em cargos de gestão e direção nas empresas ainda é um ponto de preocupação no mundo corporativo. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, em 2021, as mulheres ocupavam pouco mais de 37,2% dos cargos gerenciais de nível médio e sênior no Brasil, apesar das mulheres serem a maioria da população brasileira e também no mercado de trabalho. Além disso, segundo dados da consultoria global Mercer, ainda há uma disparidade salarial entre homens e mulheres com o mesmo cargo. Em cargos de gestão elas ganham em média 20% a menos que eles.
Os números ilustram uma realidade corporativa que ainda convive com machismo e misoginia, mas que já vem apresentando mudanças gradativas em algumas empresas. Na Leve Saúde, healthtech carioca com planos de saúde 30% mais acessíveis, as mulheres representam 54,5% dos cargos de gestão e coordenação da empresa. Além disso, a empresa possui 330 mulheres entre o total de 465 colaboradores (71%). Com esses números, elas também lideram em número de contratações (68,6%) e promoções (66%) em 2023.
Segundo a diretora de RH da Leve Saúde, Fabianne Salgado, para alcançar esses números a empresa nunca precisou focar na contratação das mulheres. Para ela, o grande diferencial sempre foi a existência de um ambiente acolhedor, inclusivo e diverso. Os três pilares da empresa são o DIR (sendo o D de diversidade e inclusão, o I de integridade e o R de respeito). “A Leve sempre foi um ambiente para a mulher se sentir segura do jeito que ela é e de proporcionar as melhores condições de trabalho, com ações como igualdade salarial entre pessoas com o mesmo cargo, estímulo e apoio durante a maternidade e possibilidade de crescimento e desenvolvimento profissional. Isso é algo que a gente vem construindo com muito sucesso e vem sendo valorizado no mercado, o que também ajuda na atração de talentos”, explica ela.
Segundo Fabianne, a empresa também possui um canal de denúncias de assédio ou qualquer tipo de violência, além de um processo de auditoria para a apuração precisa dos acontecimentos. “Esse é um princípio inegociável para a empresa. Não podemos tolerar de nenhuma maneira comportamentos desse tipo”, resume.
A empresa também já produziu diversas ações de empoderamento feminino. Fabianne destaca a ação do Agosto Lilás em que uma especialista ofereceu dicas e instruções de autodefesa para as mulheres, orientações de cuidados ao andar sozinha na rua ou ao estar sozinha em locais públicos como pontos de ônibus e também de denúncias em casos como o de uma corrida de Uber, por exemplo. “Essa primeira ação foi dedicada exclusivamente para mulheres. Em uma segunda oportunidade chamamos também os homens para participar, inclusive com orientações para que eles também possam ajudar as mulheres e foi muito interessante. Houve uma ótima receptividade e uma troca importante de informações sobre situações que vão além da vida na empresa”, ressalta a diretora.
A Leve Saúde, fundada em 2020 em plena pandemia, também coleciona histórias de mulheres que cresceram junto com o desenvolvimento da empresa. Carolina Duarte Annechino atualmente é gerente administrativa, e é uma das primeiras colaboradoras da empresa. Ela começou como recepcionista e passou pelas funções de analista de Controle de Qualidade e coordenadora de call center, coordenadora administrativa e operacional das clínicas até chegar à gerência.
“A empresa sempre valorizou o crescimento e priorizou a evolução do colaborador, independentemente do cargo. Isso é um diferencial incrível para o mercado de trabalho e isso continua me encantando. Eu vejo como a igualdade de gênero é um valor muito importante para a empresa e que a gente vê todos os dias por aqui”, analisa ela. Carolina ainda destaca que ao longo de seu tempo na empresa também teve estímulo para a conclusão de um curso técnico, para iniciar um MBA e para ter um bebê que hoje está com nove meses. “E sigo buscando evolução para acompanhar o crescimento acelerado da empresa…não podemos parar”, diz.
Outra história de crescimento vem da consultora de relacionamento Gabriele Cristina Rodrigues, que entrou na empresa no mesmo período de Carolina. Ela iniciou trabalhando como recepcionista e entregando panfletos na rua para divulgar a empresa. Ao longo do tempo, ela evoluiu e se tornou consultora de relacionamento da Leve. “Minha rotina mudou completamente, mas foi a melhor coisa que aconteceu para meu desenvolvimento na empresa. Nesse tempo aprendi muito e continuo aprendendo a cada desafio. Eu nunca tinha trabalhado com consultoria de relacionamento antes então foi uma oportunidade muito importante para mim. Sou muito grata pelas oportunidades oferecidas pelos meus líderes que sempre acreditaram no meu potencial”, celebra ela.
Gabriele destaca ainda os valores de humanização, diversidade e valorização das mulheres, inclusive em funções de liderança, dentro da empresa. “A Leve é uma empresa humanizada que sempre pensa nos funcionários. Conseguimos ter fácil acesso aos diretores e CEO e isso é algo difícil de acontecer em outras empresas. Esse contato direto é muito importante para nós, também sempre ficamos sabendo sobre os projetos e resultados da empresa e vemos como outros colegas de trabalho, em especial as mulheres, também tiveram a oportunidade de crescer e mudar suas vidas. Nos sentimos acolhidos e importantes com tudo isso”, finaliza.