Projeto para tratamento avançado de crianças e adolescentes com tumor cerebral conquista prêmio internacional

Vinculado ao protocolo cooperativo de meduloblastoma da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), o projeto desenvolvido no Laboratório de Patologia e Biologia Molecular da TUCCA que viabiliza medicina de precisão aplicada aos tumores cerebrais pediátricos acaba de conquistar um relevante prêmio científico: o Bayer Precision Oncology Patient Innovation Awards (POPIA) 2023.

A premiação é o reconhecimento pelo tratamento avançado de crianças e adolescentes com tumor cerebral, em especial meduloblastoma, a partir de análise genética do tumor. Ela visa acelerar ações que se concentram na melhoria do acesso a cuidados oncológicos de precisão e no combate às desigualdades para crianças com câncer.

A condecoração é resultado do projeto: “Avanço do tratamento de tumores cerebrais pediátricos na América Latina através da classificação molecular e da medicina de precisão. Uma iniciativa única que auxilia no tratamento de crianças e adolescentes com tumor cerebral, em especial com meduloblastoma”.

O mapeamento genético, feito no Laboratório de Patologia e Biologia Molecular da TUCCA, possibilita que os médicos personalizem protocolos de terapia direcionados a mutações e vias moleculares específicas. Esta abordagem permite um tratamento preciso, com menos efeitos colaterais e maiores taxas de sobrevida, em comparação aos pacientes submetidos ao procedimento padrão.

Os tumores cerebrais pediátricos são um grave problema de saúde pública na América Latina, com o registro de 4,4 casos por 100 mil crianças. Infelizmente, o tratamento tem sido inadequado e insuficiente e a falta de recursos limita a oferta de cuidado e o acesso de pacientes. A taxa de sobrevida desses casos em cinco anos, na América Latina, é de 20%, em contraste com os 80% observados nos países desenvolvidos.

A verba de US$ 50 mil recebida com o prêmio será aplicada no desenvolvimento e implementação de algoritmo de classificação molecular de baixo custo, específico para o meduloblastoma. Em consequência, os avanços poderão facilitar o acesso ao diagnóstico e às terapias avançadas.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica destaca o envolvimento de diversas instituições e profissionais nesta importante conquista. “É um projeto incrível e nos orgulhamos de fazer parte disso. Nosso reconhecimento a todos os profissionais que participam do protocolo do Meduloblastoma, entre estes o Dr. Sidnei Epelman, líder do projeto e coordenador do Grupo Cooperativo de Tumores do Sistema Nervoso.

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