Funcionários da Radix se voluntariam para desenvolver projetos para combater a Covid

Com a piora da situação da pandemia no país e as vagas em hospitais cada vez mais escassas, o papel da tecnologia se consolida na linha de frente do atendimento a pacientes e suporte a profissionais de saúde. A equipe da multinacional de engenharia e tecnologia Radix se engajou voluntariamente no combate à pandemia e no desenvolvimento de projetos para agilizar e organizar o socorro em unidades de saúde de todo o país.

Para o Hospital Israelita Albert Einstein, se dedicou, de forma voluntária, a auxiliar o desenvolvimento de dois de seus projetos. Um deles visa compartilhar o conhecimento da equipe técnica do hospital com profissionais da rede pública de saúde por meio de um aplicativo que reúne informativos, estudos e demais procedimentos de excelência. O outro foi a melhoria na responsividade de seu sistema de gestão de leitos para agilizar e organizar o socorro em unidades de saúde de todo o país, facilitando a logística daqueles que já estão no limite da capacidade de atendimento.

Em parceria com a Microsoft e ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), a Radix desenvolveu uma plataforma online para unir instituições que têm demanda urgente de EPIs e as empresas que vendem os materiais. “Isso deve agilizar muito a chegada dos itens fundamentais para proteger as pessoas que estão na linha de frente”, diz João Chachamovitz, CEO da Radix. A ferramenta foi pensada a partir de um levantamento feito pela Associação Médica Brasileira (AMB) que mostra a defasagem de EPIs nas unidades de saúde. Máscaras tipo N95 ou PFF2 são os equipamentos que mais faltam, sendo mencionadas em 86% das 3.476 denúncias. Os registros também mostram que óculos ou Face Shield (68%), capote impermeável (65%), gorros (43%), álcool em gel 70% (34%) e luvas (25%) também estão em falta.

No Rio de Janeiro, a colaboração da equipe da Radix para a Rio Saúde também foi rápida. Especialistas preparam computadores em tempo recorde para equipar o hospital de campanha do Riocentro. Foram 90 equipamentos completos emprestados e configurados pela empresa. “Mesmo quem está acostumado a trabalhar com planejamento, foi pego de surpresa pela pandemia. Seria impossível que o setor público fosse capaz de prover todos os recursos necessários para sanar essa crise mundial. Por isso, encontrar pessoas e empresas com a sensibilidade de perceber as dificuldades e oferecer ajuda neste momento é fundamental. Essa visão de contribuição e preocupação com o próximo do João Chachamovitz  e de toda a sua equipe é muito importante. É colocar seu tijolinho nessa estrutura que estamos todos juntos montando para salvar vidas”, diz Marcelo Roseira, presidente da RioSaúde.

“Esses projetos geram um sentimento de orgulho, pertencimento e união muito grande em toda a equipe. No fundo, fica uma sensação de que estamos ajudando a salvar vidas”, afirma o CEO da Radix.  “O sentimento é esse mesmo”, concorda Rafael Brito, voluntário e coordenador de design na empresa. “Entramos no projeto de cabeça e de forma muito espontânea porque somos movidos a desafios. Esse é  DNA da empresa e de toda a equipe. Montamos uma operação de guerra para atender à demanda de forma muito ágil e sem furos. Para isso, estamos trabalhando sete dias por semana, sem parar. E é o mínimo que podemos fazer para ajudar quem está na linha de frente, os verdadeiros heróis dessa crise: os profissionais de saúde”, afirma Brito.

Para desenvolver os projetos, a Radix abriu um programa de voluntariado e, em tempo recorde, cadastrou 50 interessados. São engenheiros, técnicos, designers e desenvolvedores de softwares de equipes do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Houston e Atlanta juntos para desenvolver soluções. “Estou muito orgulhoso do envolvimento da equipe. Foram dezenas de voluntários se dedicando ao que eles sabem fazer melhor. Estamos contribuindo com o que temos de mais precioso: a expertise e o engajamento da nossa equipe”, completa Chachamovitz.

 

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