Como nova forma de reconhecimento, biometria cardíaca promete maior precisão de segurança

A tecnologia biométrica é cada vez mais utilizada no cotidiano para garantir a segurança por meio de características físicas individuais. Diversas modalidades têm sido propostas para a averiguação como impressões digitais, íris, face e voz. No entanto, muitas delas são vítimas de ataques frequentes e questionamentos sobre seus níveis de segurança. Cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) pesquisam uma nova forma de reconhecimento, com base em sinais biológicos do corpo, que promete mais segurança e precisão: chamada de biometria cardíaca.

“Cada pessoa tem uma espécie de assinatura cardíaca, que é única. Por isso, esses sinais podem ser utilizados como biometria”, revela Jéferson Nobre, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade.

As pesquisas utilizam os conceitos de machine learning e a internet das coisas. “Um dos objetivos do estudo é a realização da condição biométrica sem a utilização de grandes recursos computacionais, utilizando pequenos sensores”, afirma.

O estudo começou em 2019 e já está na fase inicial. Atualmente os cientistas aplicam a tecnologia para auxiliar o monitoramento da atividade física de pessoas. “Nesse projeto, a biometria cardíaca é utilizada para identificar a pessoa e dar as respostas individualizadas sobre suas condições de saúde para a prática física.”

Nobre acredita que as aplicações do sistema podem facilitar a identificação, o armazenamento de dados e o controle da saúde de pacientes em hospitais, clínicas e casas de repouso para idosos.  Além disso, os sinais biológicos de um indivíduo, que exibe padrão cardíaco único, não podem ser facilmente forjados ou duplicados, o que tem motivado a sua utilização em sistemas de identificação. “Existem vantagens na segurança em relação a outras biometrias, como a digital, da voz ou mesmo a de reconhecimento facial.”

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