Vencedores do desafio global de dados nos EUA descobrem relações entre COVID-19 e reabertura das faculdades

Pesquisadores da Universidade de Michigan e da Universidade do Alabama que estudaram o impacto das aulas presenciais em faculdades nos casos da COVID-19, ganharam os principais prêmios no primeiro desafio de dados da American Heart Association. Foram 26 especialistas envolvidos na revisão dos trabalhos, e o desafio centrou-se em compreender as relações entre a COVID-19 e outros fatores de risco, condições de saúde e determinantes sociais que podem acarretar outras doenças ou até a morte.

O primeiro lugar foi conquistado por Brahmajee Nallamothu, doutorado em Medicina, e Ji Zhu, Ph.D., da Universidade de Michigan. Eles receberam US$15.000,00 pela liderança do projeto “Características de base populacional e sua associação com a infecção por Coronavírus (COVID-19) nos Estados Unidos”. A equipe analisou dados nacionais de fatores de risco para infecção por COVID-19, incluindo idade, condições médicas e estados imunocomprometidos (devido a transplante de órgão sólido ou uso de drogas), e mapeou uma variedade de riscos por estado.

A equipe também analisou o impacto das políticas de reabertura no primeiro semestre de 2020 em universidades e faculdades locais. A pesquisa descobriu que a realização de aulas presenciais estava associada a um aumento de novos casos da COVID-19, enquanto a reabertura online ou em modo híbrido estava associada a um número menor de novos casos confirmados.

Considerar essas descobertas pode ser valioso, pois os governantes consideram qual é a melhor maneira de adaptar a reabertura de empresas e outras atividades, já que os EUA se preparam para novas ondas de infecção durante o inverno que se aproxima.

Já o segundo lugar foi para Ramaraju Rudraraju, Ph.D. da Universidade do Alabama, que liderou o projeto “Compreendendo o impacto dos determinantes sociais da saúde no surto da COVID-19”, conquistando assim, o prêmio de US$ 10.000,00. A pesquisa explorou os padrões dos surtos do vírus e sua fatalidade, associados a determinantes sociais, como habitação, educação, fatores econômicos e raciais. A descoberta foi que as regiões socioeconomicamente desfavorecidas e com uma alta proporção de populações de imigrantes, relataram problemas de saúde e tiveram maior prevalência de doenças crônicas. Esta pesquisa pode informar as autoridades locais de saúde sobre o risco iminente da COVID-19 a nível municipal.

“Parabéns a essas equipes por seu trabalho excepcional no desafio global de dados”, disse Frank Ricotta, CEO da BurstIQ. “A única maneira de entender verdadeiramente porque a COVID-19 tem um impacto desproporcional em certas populações é reunir muitos tipos diferentes de dados e explorar as conexões entre eles. Trabalhando com a plataforma de medicina de precisão da American Heart Association e a plataforma BurstIQ, essas equipes foram capazes de descobrir informações importantes que serão realmente impactantes na luta contra a COVID-19. Estamos muito orgulhosos do trabalho que realizaram”.

A American Heart Association, uma organização de saúde voluntária, lançou o desafio de dados COVID-19 em maio de 2020. O desafio se tornou possível devido ao apoio financeiro da Hitachi Vantara, fabricante e líder global em armazenamento e gerenciamento de dados, e suporte de dados da BurstIQ, fornecedora líder de soluções de dados seguras baseadas em blockchain para o setor de saúde.

Os pesquisadores que participaram do desafio usaram a rede de troca de dados da BurstIQ e uma extensa biblioteca de conjuntos de dados globais para realizar análises em espaços de trabalho colaborativos virtuais na plataforma de medicina de precisão. A Plataforma de Medicina de Precisão habilitada para nuvem é o hub central da American Heart Association que se conecta à comunidade de pesquisa científica, fornecendo acesso a dados e ambientes de trabalho com computação e análise de alto desempenho de última geração. Os pesquisadores conectaram seus próprios dados com outros conjuntos de dados hospedados na Fundição de Pesquisa da BurstIQ, e na Plataforma de Medicina de Precisão.

“Esses projetos de desafio de dados estão fornecendo insights muito necessários sobre as relações entre COVID-19 e comunidades carentes e vulneráveis. Impulsionados pelos princípios orientadores de dados do FAIR (localizáveis, acessíveis, interoperáveis ​​e reutilizáveis), os desafios de dados recrutam cientistas de alto nível que fornecem soluções potenciais que são necessárias durante esta pandemia. ” disse Jennifer Hall, Ph.D., chefe de ciência de dados e co-diretora do Instituto de Medicina Cardiovascular de Precisão da American Heart Association.

A Hitachi Vantara, que fornece a infraestrutura técnica para a Plataforma de Medicina de Precisão da American Heart Association, está fornecendo mais de US$ 100.000,00 para apoiar o desafio, incluindo financiamento para prêmios, custos para gerenciar as duas fases do desafio, e custos para recrutar os melhores cientistas.

“À medida que os casos da COVID alcançam novos picos em várias partes do mundo, acreditamos que os dados são a chave para ajudar a manter as comunidades seguras. Na Hitachi, temos o compromisso de usar nossos recursos para contribuir positivamente com a sociedade. Temos orgulho de apoiar essas excelentes equipes de pesquisa com as ferramentas digitais de que precisam para salvar vidas e ajudar a acabar com as iniquidades da saúde”, finaliza Gajen Kandiah, CEO da Hitachi Vantara.

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