Acionistas pressionam UnitedHealth para rever práticas de assistência médica

Nesta quarta-feira,8, em matéria publicada na agência Reuters, foi informado que acionistas da UnitedHealth Group solicitaram que a empresa elabore um relatório detalhado sobre os custos e impactos das práticas que “limitam ou atrasam o acesso à assistência médica”. A proposta, que poderá ser votada na reunião anual da companhia, surge em meio a críticas crescentes ao setor e ao assassinato recente de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, braço da empresa.

Solicitação dos acionistas

O grupo responsável pela proposta inclui pede uma análise do impacto de políticas como a autorização prévia, que exige a aprovação da seguradora antes que um paciente receba atendimento, e das negações de serviços médicos.

De acordo com Wendell Potter, presidente do Center for Health & Democracy e ex-executivo da Cigna, práticas como essas prejudicam não apenas os pacientes, mas também impactam negativamente a saúde pública de maneira geral. “Os atrasos e recusas de cuidados médicos necessários representam um padrão prejudicial por parte da UnitedHealth e outras seguradoras”, afirmou Potter em apoio à resolução.

Resposta da UnitedHealth

Um porta-voz da empresa declarou a Reuters que as propostas dos acionistas serão respondidas na declaração de procuração de 2025, que serve como pauta para a reunião anual. Embora ainda não tenha uma data definida, a procuração costuma ser emitida em abril, antecedendo a reunião, geralmente realizada em junho.

A UnitedHealth, que gerencia a maior seguradora de saúde dos Estados Unidos e a Optum, gestora de benefícios farmacêuticos, afirmou que aprova e paga cerca de 90% das solicitações médicas recebidas. Em uma declaração recente, a empresa classificou as críticas como “altamente imprecisas e extremamente enganosas”.

Preocupações com a saúde pública

O debate sobre as práticas da UnitedHealth levanta questões mais amplas sobre o papel das seguradoras de saúde nos Estados Unidos. As críticas destacam como políticas de autorização prévia e negações de cobertura podem criar barreiras significativas para o acesso à assistência médica, especialmente entre os americanos mais vulneráveis.

Segundo Andrew Witty, CEO da UnitedHealth, a empresa continua comprometida em atender os mais necessitados. Em uma mensagem aos funcionários, Witty descreveu Thompson como “um dos mocinhos” e afirmou que a companhia continuará a priorizar o cuidado com os pacientes.

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