FutureProofing Healthcare lança o primeiro Índice Latino-americano de Saúde Personalizada no Brasil

FutureProofing Healthcare anunciou nesta quinta-feira,8, os resultados de seu Índice Latino-americano de Saúde Personalizada – uma plataforma inédita que oferece uma visão geral e comparativa de dez sistemas de saúde da região. Os resultados do índice mostram que o Brasil está bem posicionado em importantes dos 31 indicadores apresentados, mas tem espaço para evolução em áreas estratégicas na comparação com seus vizinhos. A iniciativa internacional FutureProofing Healthcare é apoiada pela Roche e foi projetada por especialistas independentes para guiar as discussões sobre as intervenções necessárias para preparar os sistemas de saúde para o futuro.

Dividido em quatro categorias (informações sobre saúde, serviços de saúde, tecnologias personalizadas e contexto político), o índice avalia Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai. Os resultados mostram que o Brasil ocupa o primeiro lugar em investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, refletindo um alto nível de inovação, o que é especialmente relevante para a medicina personalizada quando envolve evidências de mundo real. O país também é o mais avançado em direito do paciente de acesso aos dados, como resultado da atuação das associações de pacientes no país e de relevantes marcos legislativos e regulatórios.

“Desde a aceleração da descoberta e do desenvolvimento de medicamentos até o aprimoramento do projeto dos estudos clínicos, a otimização do atendimento e a agilização do acesso, dados de alta qualidade e análises rigorosas constituem o mecanismo que impulsiona a assistência médica personalizada”, afirma Marcelo Oliveira, head de Medicina Personalizada da Roche Brasil.

O Brasil é o primeiro, ainda, em capacidade de compartilhar dados através das fronteiras da região e está bem posicionado em publicação de artigos acadêmicos sobre medicina personalizada, atrás somente do México. Considerando as dimensões populacionais e geográficas em comparação aos outros países avaliados no continente, são positivos a terceira posição em políticas de genômica, impulsionadas pelo Genomas Brasil, programa lançado em 2020 pelo governo federal, e o quarto lugar em digitalização dos serviços públicos em geral.

Já a sexta colocação em infraestrutura de dados evidencia o quanto o país tem necessidade de avançar na conexão de informações robustas para permitir que os sistemas de saúde ofereçam cuidados personalizados, melhor alocação de recursos e aumento da eficiência. Aqui a evolução depende, no setor da saúde, da colaboração aberta entre reguladores, corporações e gestores na organização e compartilhamento de dados.

Entre os índices em que o Brasil ocupa as últimas posições, estão a triagem de doenças genéticas, sistemas de apoio à tomada de decisões e financiamento da saúde. “A implementação universal de assistência médica personalizada apoia a sustentabilidade dos sistemas e facilita o acesso à saúde de maneira assertiva. Esta iniciativa requer vias e procedimentos regulatórios que apoiem e aceitem evidências inovadoras, percebem o valor econômico e garantem o acesso justo ao melhor atendimento possível”, comenta Oliveira.

O país também é o décimo em equidade, a partir das disparidades de acesso entre os sistemas público e privado. O desafio de tornar a medicina personalizada uma realidade no Brasil demanda a mitigação das desigualdades, permitindo que todos se beneficiem dos mais recentes avanços em cuidados, independentemente de gênero, etnia ou histórico socioeconômico.

Proposições

Segundo o executivo da Roche, uma mudança de paradigma em direção à medicina personalizada significa ir além das soluções de curto prazo para alcançar objetivos de longo prazo. Na visão da companhia, para cumprir a promessa da saúde digital, baseada em dados e personalizada, todos nós precisamos agir para:

  • Proporcionar liderança clara e atitudes concretas para impulsionar o progresso na área da saúde.
  • Aproveitar o poder dos dados para motivar decisões em políticas e cuidados da saúde.
  • Avançar em políticas e regulamentações para permitir o acesso a dados significativos em escala, o compartilhamento de dados entre sistemas e a transferência de dados além das fronteiras.
  • Estabelecer parcerias sólidas com toda a sociedade, nos setores público e privado para alcançar a transformação dos sistemas de saúde.

Projetar sistemas de saúde personalizados, especialmente em regiões como a América Latina, é um desafio devido a uma série de deficiências sistêmicas a serem superadas. Contudo, ao utilizar os dados para apoiar a tomada de decisões e investimentos terapêuticos, a medicina personalizada ou baseada em dados promove resultados clínicos significativos que melhoram a qualidade de vida e a eficiência, tornando a saúde mais integrada e humana.

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