Plataforma conecta pacientes com dor crônica a médicos especialistas

Cerca de 30% da população mundial sofre com alguma dor crônica, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o número chega a 40%, segundo o Ministério da Saúde. Mas é possível viver sem dor? A Boston Scientific, fabricante de dispositivos médicos, lança neste mês o site existevidasemdor.com.br, que tem como objetivo promover conhecimento e empoderar pacientes em sua jornada, do diagnóstico até o tratamento adequado.

Mas afinal, o que é dor crônica? É qualquer tipo de dor persistente, que dure seis meses ou mais. Como a dor pode ter diferentes causas e percepções individuais, encontrar o tratamento correto pode ser difícil. Por isso, é extremamente importante que o paciente busque um médico especialista em dor, capaz de avaliar e indicar as melhores opções de tratamento disponíveis.

A nova plataforma, desenvolvida em parceria com médicos especialistas e embasamento científico, faz parte do Saber da Saúde, hub de conteúdo da Boston Scientific direcionado para pacientes. O lançamento promete revolucionar a vida das pessoas que sofrem com dor crônica ao trazer, em um só local, informações sobre condição, tratamentos disponíveis, resultados clínicos comprovados, além de depoimentos de pacientes que encontraram o alívio, tudo isso com uma navegação intuitiva e linguagem simplificada.

O grande destaque do site é um quiz para ajudar o paciente a entender melhor sua condição. Com apenas sete perguntas, o sistema gera um relatório e direciona o paciente para o agendamento de consulta com um médico especialista, caso ele seja um possível candidato a uma das terapias intervencionistas disponíveis, como estimulação medular (SCS) e  ablação por radiofrequência (RFA), ambas cobertas pelos planos de saúde.

O recurso “Encontre um Médico Especialista” relaciona os profissionais mais próximos ao paciente, por geolocalização, possibilitando o agendamento de consultas em tempo real, por meio de uma integração com a Doctoralia, ou via WhatsApp com atendimento personalizado do concierge da saúde.

Segundo Lucas Silva, diretor de neuromodulação da Boston Scientific, o projeto é disruptivo, tendo como objetivo central empoderar o paciente, colocando-o como protagonista na busca por sua própria terapia. “O nosso propósito é viabilizar o acesso à informação de qualidade, possibilitando que mais pessoas tenham suas vidas transformadas com o que há de mais atual e tecnológico na medicina da dor”, destaca.

Soluções para dor crônica

A terapia mais adequada para essa condição vai depender do tipo de dor e de como suas funções estão sendo afetadas. Normalmente, o primeiro passo é o uso de medicamentos, porém tratamentos cirúrgicos também podem ser indicados para aliviar dores persistentes.

Existem também os tratamentos intervencionistas, que oferecem alívio duradouro de forma minimamente invasiva para dores crônicas neuropáticas:

  • Ablação por radiofrequência (RFA) – A ablação por radiofrequência é um procedimento minimamente invasivo que usa energia térmica para interromper os sinais de dor em sua origem.
  • Estimulação medular (SCS) – A estimulação medular envia sinais elétricos para o cérebro através de um dispositivo implantado na medula espinhal, interrompendo a percepção da dor em minutos.

Em um estudo clínico realizado com pacientes que possuem os dispositivos de SCS da Boston Scientific há pelo menos dois anos, foi reportada uma melhora na prática de atividades do cotidiano entre 47% e 78% superior aos pacientes com dispositivos similares do mercado.

Outro estudo com pacientes que tinham dor lombar severa (nível 8 ou mais em uma escala de 0 a 10) revelou diminuição de quase 6 pontos na escala de dor, que se manteve a longo prazo após o implante de SCS.

Paulo Sérgio Ribeiro, de 52 anos, é uma das pessoas que encontraram alívio. Ele sentiu dores incapacitantes diariamente por 19 anos e foi apenas com a decisão pelo procedimento de estimulação medular que o desconforto reduziu. “Há pouco mais de um ano, minha qualidade de vida melhorou cerca de 80%. Não tenho mais crises como antes, agora consigo me locomover, ir ao parque com a família, brincar com os meus cachorros”, relata em depoimento ao site.

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