Fórum Saúde Digital 2024: Painel debate os desafios do dinâmico mercado de healthtechs

No painel que discutiu o futuro das healthtechs, diversos especialistas compartilharam suas perspectivas sobre o dinamismo desse setor e os desafios enfrentados pelas startups da área da saúde. O evento contou com a presença de Fábio Mattoso, CEO da Tuinda Care; Fernando Zorzo, CEO da Nilo Saúde; Paula Fuscaldo Calderon, médica e CMIO da Beth Health Tech; Marcos Gonçalves, da Beth Health Tech; Cláudio Coelho, vice-presidente da Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS ) e CEO e Co-Founder na Fármaco – Healthtech de Informações sobre Medicamentos, Fundador da EUVENDO Saúde; e Ana Bizzotto, Diretora de Gente, Cultura e Comunicação na Starbem.

O painel trouxe uma visão abrangente sobre o papel das tecnologias de saúde no ecossistema de saúde, destacando tanto os avanços quanto os obstáculos que essas empresas enfrentam. Fábio Matoso iniciou uma conversa levantando um ponto crucial: o impacto das healthtechs no processo de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) tradicional da indústria farmacêutica. Ele afirmou que essas startups têm reforçado um papel importante ao realizar pesquisas e desenvolver soluções, muitas vezes aprimorando a necessidade de grandes investimentos em P&D por parte das indústrias. Matoso trouxe uma reflexão sobre a mudança no modelo de negócios, onde antes as empresas investiam bilhões em pesquisa e agora apostam em startups, aportando valores menores, mas com grande potencial

Paula Calderon e Marcos Gonçalves, da Beth Health Tech, trouxeram ao debate a questão da colaboração entre healthtechs. Paula destacou um cenário em que a falta de integração entre sistemas prejudica o atendimento e a eficiência das operações em hospitais. Ela enfatizou que, para o futuro, é fundamental que as startups do setor adotem um modelo de cooperação, mesmo que sejam concorrentes no mercado. Segundo ela, a colaboração pode evitar que o setor cometa os mesmos erros do passado, como a falta de interoperabilidade entre sistemas.

Cláudio Coelho, da ABSS, corroborou com a ideia de colaboração e apresentou um panorama das startups de saúde no Brasil, destacando que, embora o mercado de investimentos tenha se tornado mais criterioso, ainda há uma abundância de recursos para startups que apresentam soluções inovadoras e de impacto. Ele afirmou que o setor de healthtechs precisa estar mais preparado para atender aos novos critérios de avaliação dos investidores, que buscam não apenas soluções tecnológicas, mas também modelos de negócio escaláveis.

Ana Bisotto, da Starbem, disse que a saúde mental é um dos grandes focos das healthtechs nos últimos anos. Ela destacou o crescimento do Starbem. uma healthtech que oferece benefícios de saúde digital para empresas, especialmente voltados à saúde mental e bem-estar dos colaboradores. Ana ressaltou a importância de utilizar dados e inteligência artificial como apoio para melhorar a eficiência dos serviços, sem comprometer a qualidade do atendimento humano.

O debate trouxe à tona os principais desafios e oportunidades para as healthtechs. A necessidade de colaboração, integração de tecnologias e foco no paciente foram temas recorrentes entre os participantes. Além disso, foi discutida a importância de startups apresentarem soluções escaláveis ​​e que realmente atendem às dores latentes do mercado, principalmente em um cenário onde os investimentos são cada vez mais criteriosos

Os painelistas concordaram que o futuro das healthtechs promete ser promissor, mas exige uma adaptação rápida às mudanças do mercado e uma postura colaborativa entre as startups.

Para acessar as gravações aqui   ou fale com Andrea Sternadt – andrea@tiinside.com. br fone /whatsapp 11-3138-4619

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