O período de quarentenas e restrições que vivenciamos com a pandemia estimulou muitas pessoas a priorizar o autocuidado e a adotar hábitos mais saudáveis, inclusive recorrendo ao apoio da tecnologia. Um dos indícios disso foi o aumento no interesse por smartwatches e pulseiras fitness.
A demanda cresceu 35% no final de 2020, segundo dados da consultoria IDC. Estima-se que existam mais de 500 milhões de wearables em uso em todo o mundo, um mercado que só deve aumentar nos próximos anos, saltando em faturamento de 20,7 bilhões de dólares em 2019 para 96,3 bilhões em 2027, de acordo com projeção da Allied Market Research. O crescimento na venda desses aparelhos é acompanhado de uma evolução tecnológica constante. Os produtos foram ganhando cada vez mais funções independentes, inclusive com sensores que os transformaram em extensões do corpo humano. E a nova geração de smartwatches já vai além daquelas tarefas mais simples, como contar passos, calcular as calorias gastas em exercícios e medir batimentos cardíacos.
Traz agora recursos que passam informações mais detalhadas do organismo, como o nível de oxigênio no sangue1, oferecem a possibilidade de realizar um eletrocardiograma2 e ajudam até a controlar a qualidade do sono.
A última inovação nesse sentido é a funcionalidade de calcular a composição corporal3, encontrada nos smartwaches da linha Galaxy Watch4, recém-lançados pela Samsung no país. Sim, é uma versão do teste de bioimpedância, aquele exame tradicionalmente feito em clínicas e academias com balanças e aparelhos especiais para verificar o percentual de massa muscular, a quantidade de gordura e a taxa metabólica basal, que indica a quantidade de energia de que o corpo precisa para se manter diariamente. O cálculo de composição corporal é realizado em segundos pelo relógio, ajudando os usuários a terem uma compreensão mais profunda da sua saúde e forma física.
E por que isso é importante? Ora, o peso em si, aquele apontado pela balança, não discrimina a real quantidade de músculos e gordura do nosso corpo. A nova tecnologia, por sua vez, parte do princípio de que a maior parte da água do organismo é armazenada nos músculos, e o líquido tem baixa resistência elétrica (ou impedância). Assim, o smartwatch mede a composição corporal aplicando uma corrente elétrica imperceptível pelo usuário a fim de averiguar a quantidade de água estocada na musculatura. Se o resultado for uma baixa impedância, significa que a pessoa possui mais água no corpo, logo, mais músculos.
Funcionalidades como essa não substituem, claro, o acompanhamento de profissionais de saúde e educação física. Mas ajudam o indivíduo e os próprios especialistas ao seu lado a compreender melhor as necessidades e desenvolver uma prática esportiva mais eficiente. Os aplicativos de saúde e bem-estar estão cada vez mais acessíveis, e os smartwatches estão trazendo essas vantagens para a nossa rotina.
Além de proporcionar uma experiência mais lúdica para quem quer se cuidar, comer bem e realizar exercícios, os relógios inteligentes auxiliam na mudança e na incorporação de hábitos. São pequenos detalhes que podem fazer muita diferença na qualidade de vida.
Bruno Freitas, gerente sênior da Unidade de Negócios de Wearables da Samsung Brasil.