Healthtechs entram na rota dos investimentos de grandes grupos e fundos de investimentos

Com a pandemia, não foi a aceleração digital que transformou os negócios das empresas, mas também serviu para impulsionar a inovação e a disrupção na cadeia de saúde com o surgimento de mais de mil heatltechs, mercado que está atraindo grandes investimentos de fundos e grandes grupos do setor.

Como disse Cristiane Giordano, presidente da Funcional HealthTech, a saúde tem ganhou mais importância na pandemia, relevância que está mais evidente pelas facilidades proporcionadas. Ao mesmo tempo, as pessoas pensam mais em saúde agora. “As healthechs trazem mais inovações em saúde, e são responsáveis pelo balanço saudável no ecossistema de saúde neste momento”, analisou.

A executiva argumenta ainda que as  healthtechs suportam o sistema tradicional de saúde para melhorar a acessos a assistência  e a medicação, e ao promover mais integralidade nesse processo. “Ao final da jornada  do paciente o acesso à medicação e fornecer ao mesmo tempo confiabilidade são ganhos importantes”, acrescentou.

“Vemos que  todos buscam tecnologia  como ajuda. Mas os ambientes mais abertos à inovação, além de parceiras, nos processos de expansão de negócios,  somente as healthtechs, neste panorama, estão aptas a promoverem este ecossistema aos clientes, esta inovação permite que o foco esteja no paciente”, complementou a executiva.

Dr. Fábio Tabalipa, sócio e head de Inteligência Clínica na Memed, entende que o ecossistema nas healthtechs brasileiras teve um crescimento desde 2018 e um aumento de investimentos neste segmento. “Vivemos o contraste da  explosão do mercado por vários fatores. Um deles se dá pela soma de tecnologias empregadas  e nas soluções mais eficientes e menores custos”, disse.

Segundo ele, a demanda alta pela assistência à população foi apenas um impulsionador. Muitas empresas com cultura e timing adequado já se adaptaram às inovações tecnológicas propostas por estas empresas nativas digitais e rapidamente se integraram para proporcionar saúde por meio delas aos seus colaboradores.

Para o executivo, três pilares facilitaram o caminho das empresas de saúde digitais: as  soluções tecnológicas, os profissionais de saúde e o acesso aos remédios.

Para Marcus Figueredo, CEO da Hilab, o mercado  de health techs tem explorado uma fraqueza do Brasil na área laboratorial, dando espaço para criação de empresas que preencham esta lacuna. “A distância dos laboratórios entre a inúmeras cidades do país, permitiu que a criação de uma empresa como a nossa atendesse mais pessoas, mesmo as que não tem acesso, a fazerem exames de forma mais rápida e barata”, comentou.

A ideia da healthtech é simples, ter um laboratório de análises clínicas descentralizado, para exames rápidos, com custo baixo. “Levamos uma parte do ecossistema de saúde para quem não tinha acesso, para aqueles que só tinham o SUS. Nosso objetivo como empreendedores não é  ser o unicórnio do segmento – mas  quebrar barreiras a fim de democratizar acesso à saúde”, explicou.

“Este  movimento das healthtechs, mesmo durante a pandemia  mostrou que os sistemas de saúde são disfuncionais no mundo. Uma cultura híbrida do digital e real diminui a distância entre os exames de saúde para o diagnóstico e um  atendimento  que será percebido com mais envolvimento para um maior número de pessoas”, concluiu.

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