5G deve ampliar o acesso da população à saúde, dizem painelistas

O último painel do evento 5G Saúde Conectada,  nesta quarta,12 de abril,  promovido pela Saúde Digital News e TI Inside,  discutiu como a tecnologia de 5G permitirá que equipes médicas possam acelerar o atendimento e acesso à saúde pela população.

Para Marco Bego, Diretor Executivo do InovaHC e do Instituto de Radiologia do HCFMUSP apresentou como o 5G  influenciou projetos dentro do Hospital das Clínicas de maneira que a tecnologia fosse um meio para habilitar o atendimento à saúde. “Especialmente para a população carente sem acesso a serviços de saúde, com menor custo nas regiões sem atendimento ou médicos, a tecnologia pode promover  a comunicação e interrupção desse ciclo de carência. A conectividade passa assim a ser vista  como novo modelo de negócios, como um meio para  capacitação de profissionais e  assim pode modificar o acesso à saúde em muitas localidades”, disse o diretor do HC.

Ele explicou que os projetos do Opencare 5G da instituição possibilitaram e ainda estão sendo desenvolvidos para atender levar atendimento remoto, educação e capacitação de profissionais,  na criação de health techs e meditechs, na expansão funcional com mais casos de uso,  nas pesquisas de impacto utilizando o 5G e na expansão das comunicações. “Imaginamos que a conectividade pode levar ao setor um impacto direto na saúde (acesso qualidade, sustentabilidade com custos menores)  um impacto de inovação no ecossistema de saúde, investimentos com produtos inovadores, na educação e na regulação com as políticas públicas”, disse Bego.

Para Caio Soares, presidente da Saúde Digital Brasil e Diretor Médico na Teladoc Health,  “esse é um tema dinâmico que estamos vendo nos últimos tempos e por conta das inovações que existem fora do Brasil estamos acompanhando sua evolução”. “A inovação em tecnologia é uma corrida contra o tempo e com a possibilidade do uso do 5G que permite seu uso para consultas remotas, monitoração de pacientes em tempo real, na melhoria do acesso e qualidade de vida para pacientes em condições crônicas e uso da tecnologia para imprimir diagnósticos e tratamento precoces, resultados exames com uso na transmissão massiva de dados em tempo real  para gerar impactos na experiência do profissional e do paciente e consequente desfechos clínicos muito positivos”, disse o executivo. Ele aponta também o uso da realidade aumentada na saúde, como exemplo, para  reabilitação de pacientes em pós-operatório.

Ele também  pontuou os desafios que já estão em curso no uso da tecnologia em função da tecnologia 5G, que não pode deixar de ser analisados pelos profissionais da área que são: a mudança de cultura, regulação, ampliação do acesso e ganho de tempo, consistência da tecnologia, redução das desigualdades sociais (acesso à saúde), déficit de infraestrutura , geração de evidências nos desfechos clínicos favoráveis e a bioética digital ( LGPD etc).

Conforme a médica Carolina da Costa, diretora-executiva de Educação, Pesquisa, Inovação e Saúde Digital do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o 5G potencializa os mecanismos de colaboração e projetos colaborativos, de maneira a impactar positivamente a saúde.

Um exemplo, foi a colaboração entre instituições  por meio do Consórcio  de Inovação em Saúde que reuniu o  Inova HC, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e o Insper,  cada um em sua especialização em tecnologia com o objetivo de ter um modelo de governança para uso da tecnologia 5G.

“Com essa experiência conseguimos identificar os principais gargalos em termos de uso, acesso e custos na saúde e de que forma estes modelos de governança podem ajudar as instituições, unindo a expertise e potencializando acesso e trazendo outros players para implantar esse ecossistema”, reforçou a diretora do Hospital Oswaldo Cruz.

“Na agenda do consórcio estão passos importantes para esta construção de objetivos que são a capacitação e pesquisa, uso da própria conectividade, gerar economia em saúde, o uso da inteligência de dados e  prover recursos para  bioengenharia.”, explicou Carolina.

Finalizando, ela fez uma reflexão de que setor tem que unir as instituições, compartilhando  suas experiências de forma contributiva, solidificando o uso da tecnologia para benefício de todo o segmento de saúde.

 

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