Centro de Excelência em Medicina adota tecnologia avançada para monitoramento intracraniano a partir de IA

Imagem: freepik

O Centro de Excelência em Medicina (CEM), em São Paulo, é um dos centros que estão adotando a tecnologia da brain4care para monitoramento não invasivo do risco de hipertensão intracraniana. Essa inovação representa uma mudança significativa na forma como as variações de volume e pressão intracraniana são monitoradas, permitindo ao centro oferecer um atendimento ainda mais seguro, preciso e eficaz a seus pacientes.

Historicamente, a medição da pressão intracraniana é um procedimento realizado pela inserção cirúrgica de um cateter na caixa craniana. Esse método, além de ser arriscado, limitava o uso frequente devido ao seu caráter invasivo e à necessidade de ambiente hospitalar especializado. Com a tecnologia, profissionais de saúde podem obter, em tempo real, indicadores de saúde cerebral que qualificam o diagnóstico, orientam a terapêutica e indicam a evolução de distúrbios neurológicos, aumentando a segurança do paciente e a eficiência dos recursos.

O sistema desenvolvido pela deep tech brasileira transformou a abordagem, oferecendo uma opção não invasiva para obtenção de dados que permitem que médicos avaliem e acompanhem a evolução do risco de hipertensão intracraniana dos pacientes  sem a necessidade de inserção cirúrgica do cateter. O monitoramento é realizado por um sensor mecânico posicionado no couro cabeludo do paciente, na região frontotemporal, que capta alterações nanométricas dos pulsos da pressão intracraniana, enviando os sinais via Bluetooth para um dispositivo móvel. Os dados são então transmitidos para uma plataforma em nuvem, onde algoritmos de inteligência artificial processam as informações e geram relatórios analíticos detalhados.

Esta tecnologia auxilia na triagem de casos, no diagnóstico rápido e assertivo das patologias associadas e na definição de condutas, prevenindo danos neurológicos e sequelas, orientando a terapêutica e indicando a evolução de distúrbios neurológicos, aumentando a pertinência dos cuidados, a segurança do paciente e a otimização dos recursos.

“Adotar a tecnologia brain4care é um grande passo para o CEM, permitindo-nos oferecer um diagnóstico mais preciso e tratamentos mais eficazes para nossos pacientes”, afirma o Dr. Anderson Rodrigo, neurocirurgião cofundador do CEM. “Essa inovação não só melhora a segurança do paciente, mas também otimiza os recursos médicos, proporcionando uma recuperação mais rápida e eficiente, reforçando o nosso compromisso com a excelência e a inovação no atendimento médico”.

“Hospitais, clínicas e centros que adotam novas tecnologias e investem recursos para melhorar o suporte às decisões médicas, estão promovendo o cuidado integral de seus pacientes, melhorando condutas e promovendo melhores desfechos”, ressalta Arnaldo Betta, COO da brain4care.

Utilizada também dentro do CEM Kids, que conta com uma equipe pediátrica altamente especializada e dedicada ao acolhimento humanizado do público infantil, o avanço é especialmente importante para as crianças. “No CEM Kids, a capacidade de monitorar de forma não invasiva é um avanço significativo, garantindo cuidados ainda mais seguros e menos traumáticos para as crianças”, finaliza Anderson. 

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