Estudo aponta desafios de integrar tecnologias digitais ao setor de saúde

Um estudo inédito da Economist Impact, braço do The Economist Group, que edita a revista britânica The Economist, voltado à informação, discussão e análise de temas como sustentabilidade, saúde e as mudanças na globalização, revela que as tecnologias de saúde digital demonstram valor, mas integrá-las aos sistemas de cuidados continua a ser um desafio. Encomendada pela Roche Diagnóstica, a pesquisa foi realizada em dez países, entre eles o Brasil.

Para superar os desafios, o estudo enfatiza a importância do envolvimento de profissionais de saúde e pacientes no desenvolvimento de para o cuidado centrado no paciente.

Participaram do estudo Austrália, Brasil, França, Alemanha, Japão, México, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos. No Brasil, os especialistas que contribuíram com o estudo foram Cesar Filho, cofundador e CEO da plataforma WeCancer, e Thiago Julio, diretor médico da Memed e diretor de tecnologia da Sociedade Paulista de Radiologia.

Algumas das principais descobertas são:

●       Todos os países têm algumas bases para usar tecnologias de saúde digital, como marcos regulatórios e padrões de interoperabilidade.

●       Apenas metade dos países pesquisados (Austrália, Brasil, França, Coreia do Sul e Espanha) tinha registros eletrônicos de saúde integrados em nível nacional, o que poderia apoiar os sistemas de saúde a melhorar o atendimento ao paciente e a produtividade.

●       O relatório enfatiza que a educação e o apoio contínuos em torno de tópicos de saúde digital para profissionais de saúde e pacientes são essenciais para construir confiança e impulsionar a adoção.

●       Ampliar o acesso aos serviços de telessaúde, especialmente em áreas remotas, deve ser uma prioridade. É uma solução econômica e segura (comprovada durante a COVID-19) que amplia o acesso aos cuidados.

●       O futuro da tecnologia de saúde digital depende da colaboração em quatro áreas: 1) equidade e justiça, 2) financiamento e reembolso, 3) foco no paciente e 4) adoção e aceitação.  O relatório enfatizou que a colaboração das partes interessadas nessas áreas é fundamental para integrar tecnologias de saúde digital em sistemas com sucesso.

“Encomendamos este estudo para trazer novos insights e perspectivas para conversas sobre os desafios e oportunidades enfrentados pelas organizações e sistemas de saúde que estão adotando e integrando as mais recentes tecnologias digitais em saúde. Essas tecnologias estão demonstrando que podem trazer valor para todas as etapas da saúde, incluindo a prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e monitoramento contínuo dos cuidados. A pesquisa é parte do nosso compromisso de trazer soluções inovadoras para os sistemas de saúde que apoiem o esforço para melhorar o acesso, a experiência e a prestação de cuidados, incluindo o portfólio de soluções digitais Navify”, explica Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica no Brasil.

Ao falar da importância de as instituições de saúde contarem com soluções digitais, como as da Roche Diagnóstica, para melhorar a experiência do paciente e, ao mesmo tempo, reduzir custos para a sociedade, o executivo cita o papel crucial que elas desempenham para o atingimento desses objetivos. “A Roche tem a ambição de ser o parceiro estratégico de laboratórios e hospitais, fornecendo-lhes tecnologia que os prepare para o futuro, por meio de ecossistemas digitais abertos e inovação”, finaliza Martins.

Metodologia

O white paper da Economist Impact combina o barômetro dos dez países participantes, Austrália, Brasil, França, Alemanha, Japão, México, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, com um abrangente programa de entrevistas com especialistas, e avalia o ambiente propício para a saúde digital em contextos econômicos, demográficos e culturais.
Foi realizada uma série de entrevistas com especialistas com formuladores de políticas, clínicos, acadêmicos e especialistas do setor, bem como uma pesquisa realizada por meio de Entrevista por Telefone Assistida por Computador (CATI) e on-line com 100 pacientes em cada país.

O estudo está disponível em:
https://impact.economist.com/perspectives/health/advancing-frontier-health-and-technology-integration-2023-digital-health-barometer

Related posts

ABSeed Ventures investe R$ 2 milhões na Clinia

Abramge criar comitê para conhecer profundamente os problemas da judicialização da saúde

Hospital PUC-Campinas inicia serviço de Telemedicina