Fomentar iniciativas, produtos e soluções inovadoras envolvendo a aplicação de Inteligência Artificial (IA) para resolver desafios nas áreas de saúde e agricultura. Esse é o objetivo do BIOS – Brazilian Institute of Data Science, um dos seis centros de pesquisas aplicadas em IA aprovados em chamada pública da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). E o CPQD é um dos parceiros desse centro, que tem sede na Unicamp e irá reunir uma equipe multidisciplinar, com mais de 120 pesquisadores de diversas instituições.
“Estamos colocando à disposição desse ambiente colaborativo duas plataformas de código aberto desenvolvidas pelo CPQD”, afirma Paulo Curado, diretor de Inovação da organização. “Uma delas é a dojot, middleware voltado a aplicações de Internet das Coisas (IoT); a outra é a PlatIAgro, plataforma que tem como foco a otimização e maior agilidade no desenvolvimento de aplicações IA voltadas ao agronegócio”, acrescenta.
Com esses ativos, o CPQD pretende contribuir para acelerar o desenvolvimento de projetos e aplicações nas áreas definidas como prioritárias pelo BIOS. Na área de saúde, a pesquisa dará atenção especial a problemas associados à saúde da mulher. Em agricultura, o objetivo é melhorar a qualidade de vida dos brasileiros por meio da aplicação de IA em segurança alimentar, produção sustentável, insumos e em serviços relacionados à qualidade da água, do solo e do ar, conservação de áreas florestais, entre outros.
Além do CPQD e da Unicamp, integram esse centro de pesquisa aplicada em IA cinco instituições acadêmicas (Fiocruz, Instituto Tecnológico da Aeronáutica, Universidade Federal do ABC, Universidade Federal do Amazonas e USP), a FITec – Fundação para Inovações Tecnológicas, o Hospital Israelita Albert Einstein e a consultoria Templo.cc, como parceira cofundadora. A intenção do centro é ser uma ponta de lança da transformação digital no Brasil. Para isso, receberá investimento de R$ 10 milhões no período de cinco anos, dos quais R$ 5 milhões vindos de repasses públicos e R$ 5 milhões de parcerias com a iniciativa privada.