Vendas de medicamentos para doenças respiratórias crescem 43%

O frio ainda nem começou pra valer e as doenças respiratórias já estão em destaque. Em São Paulo, segundo o sistema público de saúde, no mês de março as doenças respiratórias representaram 43% do total de atendimentos pediátricos nos hospitais. Seguindo a tendência, a plataforma Consulta Remédios (CR) registrou um crescimento de também 43% nas buscas de medicamentos voltados ao tratamento dessas doenças, típicas de inverno.

“As buscas por medicamentos da categoria gripes e resfriados durante o mês de fevereiro, por exemplo, eram de 800 mil. Com a chegada do outono, rapidamente passaram de um milhão de buscas no mês, e entre os medicamentos mais vendidos estão os descongestionantes nasais”, explica a farmacêutica da plataforma, Rafaela Sarturi.

Ainda segundo a farmacêutica, o clima um pouco mais frio e seco do outono irrita a mucosa respiratória, o que acaba piorando a inflamação das vias. Outra característica comum deste período é coceira nos olhos e vermelhidão. “Com a mudança de clima que ocorre entre o verão e o outono, algumas doenças respiratórias começam a ficar mais frequentes, principalmente a gripe, o resfriado e as ‘ites’, como rinite, sinusite, bronquite, entre outras. Por isso a venda alta de descongestionantes nasais, por exemplo”, diz ela.

Durante o levantamento, a CR percebeu que, quando listados mês a mês os medicamentos de gripes e resfriados mais vendidos de 2024, é possível perceber que algumas classes estão sempre presentes no top 10, como os analgésicos e anti-inflamatórios. “São remédios populares, que não têm a obrigatoriedade da receita e que podem ser utilizados no tratamento da maioria das doenças de outono e inverno”, explica a farmacêutica, que ainda faz um alerta sobre os perigos  da automedicação. “As pessoas costumam se automedicar, por serem doenças comuns nesta época do ano . Mas é preciso sempre buscar o acompanhamento médico para evitar maiores complicações, sobretudo em crianças”, alerta.

Prova disso é o top 1 de 2024. O medicamento Neosoro foi o mais vendido do ano, aparecendo em primeiro lugar mesmo durante os meses do verão. “Toda medicação tem contraindicação. Fora que o uso excessivo de descongestionantes pode ocasionar até mesmo dependência”, destaca a farmacêutica.

Já quando se fala de variação de preços, pelo comparador de preços da CR é possível observar que há grande diferença no valor. Para se ter ideia, o Cetoprofeno, usado como anti-inflamatório, antitérmico e analgésico, apresenta valores no marketplace que vão de R$ 6 a R$ 55. “Apesar de ser possível encontrar uma grande variação de preço, a maioria dos medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças são de baixo custo, acessíveis a todo mundo”, finaliza Rafaela.

Confira os dados de buscas dos cinco medicamentos mais procurados no primeiro trimestre de 2024 na plataforma Consulta Remédios:

Janeiro

  1. Dipirona: 98.697;
  2. Maleato de dexclorfeniramina: 88.556;
  3. Cetoprofeno: 81.679;
  4. Nimesulida: 78.228;
  5. Ibuprofeno: 76.110;

Fevereiro

  1. Dipirona: 129.505;
  2. Cetoprofeno: 87.390;
  3. Nimesulida: 82.521;
  4. Desloratadina: 80.460;
  5. Ibuprofeno: 78.888;

Março

  1. Dipirona: 154.833;
  2. Desloratadina: 101.013;
  3. Maleato de Dexclorfeniramina: 98.155;
  4. Cetoprofeno: 92.090;
  5. Nimesulida: 82.800;

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