Todo setor é propenso a interrupções em suas operações frente a situações adversas. Na área da saúde, não é diferente. Para hospitais, centros de atendimento médico, clínicas de medicina diagnóstica, laboratórios e operadoras de planos de saúde, antecipar-se aos riscos, implantar ações para mitigá-los e estruturar planos robustos de continuidade (contingência) é fundamental. Diante desse desafio prioritário, a Deloitte – organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo – firmou uma aliança inédita no segmento da saúde com o Einstein – organização que atua em todas as etapas da assistência, no âmbito privado e público, em ensino, educação e consultoria, em pesquisa e inovação e em responsabilidade social – para a oferta conjunta de assessoria e metodologia em Gestão de Continuidade de Atividades para organizações de saúde (Negócios conforme ISO 22.301).
O escopo do serviço identifica os possíveis riscos de continuidade para atividades essenciais, para o desenvolvimento de planos de resposta a emergências e, com isso, minimiza interrupções de sistemas e operações críticas. Entre as medidas que podem ser implementadas estão a estruturação de governança, análise de riscos e impactos, gestão de riscos cibernéticos, desenvolvimento de pessoal interno, entre outros.
“Nossa missão enquanto organização filantrópica é compartilhar conhecimento em saúde de forma ampla. A partir de um projeto interno, que teve suporte da Deloitte e, posteriormente, baseou a criação de uma área com foco nesta gestão de continuidade de atividades, a metodologia foi adaptada e vamos levar essa expertise de forma conjunta a outras organizações, para que possam gerir de forma eficiente e ágil os riscos de suas operações, contribuindo, assim, com a evolução de todo o setor de saúde”, diz Sidney Klajner, presidente do Einstein.
“Uma gestão robusta da continuidade de atividades torna-se cada vez mais necessária no setor de saúde, especialmente após tantas mudanças que afetam organizações que cuidam de pacientes. São riscos cada vez mais inesperados, sistêmicos e com efeitos duradouros. Últimos acontecimentos mostram que quem se sai melhor nessas situações são as organizações que adiantaram investimentos em processos e tecnologias certas para suas atividades. São aquelas que anteviram os riscos, traçaram planos de continuidade e de ações concretas e mantiveram preocupação contínua com a eficiência da operação e o paciente no centro”, afirma Luis Joaquim, sócio-líder de Life Sciences & Health Care da Deloitte.
Nesta metodologia conjunta, a Deloitte entra com time de especialistas de grande experiência no tema, para diagnosticar fragilidades, propor estratégias, estruturar planos, desenvolver pessoas e operar soluções de continuidade de atividades a organizações do setor de saúde. O Einstein compartilha seu conhecimento de processos e desafios do sistema de saúde público e privado, sempre com foco na qualidade e segurança dos pacientes, para tornar a metodologia adaptável aos mais diferentes cenários, por meio de sua experiência profunda e consolidada. O Einstein tem atuação diversificada, com ampla estrutura de prestação de serviços com 28 unidades privadas e 30 unidades públicas administradas pela organização.
“Construir um processo de Gestão de Continuidade no setor da saúde é algo complexo e estratégico. Conseguiremos oferecer uma metodologia customizada e, mais do que isso, atestada para apoiar o setor de saúde”, afirma Ederson Almeida, Diretor Executivo de Excelência em Saúde do Einstein.
Melhores práticas para processos sólidos
A gestão de continuidade de atividades é um conjunto de práticas e processos que uma organização implementa para garantir uma operação eficaz e a mitigação de impactos em caso de paralisações. Há poucos anos, o mundo todo testemunhou as consequências que a pandemia da Covid-19 impôs. No Brasil, por exemplo, os sistemas de saúde público e privado ficaram sobrecarregados, assim como laboratórios de análises clínicas e as operadoras de planos saúde, com o abrupto aumento da demanda. Este cenário trouxe mudanças quanto à velocidade e adequação de processos.
“É essencial contar com uma metodologia que possibilite avaliar processos e controles operacionais dentro das instituições e classificar a criticidade deles. Assim, consegue-se isolar as bases de fato das operações, como sistemas, equipamentos, pessoas, cadeia de suprimentos e fornecedores. Ao definir o que é essencial, o próximo passo é avaliar as áreas com a maior exposição a riscos de indisponibilidade e agir de forma criteriosa e sistemática em todas essas frentes”, afirma Francisco Blanes, Diretor da Deloitte Cyber.
É importante salientar que esse tipo de projeto é individual e leva em consideração as características de cada organização envolvida. Por exemplo, instituições de saúde que atuam no atendimento direto a pacientes têm a segurança e a qualidade dos processos no topo das prioridades. Para as farmacêuticas, há a necessidade de garantir produção e distribuição de medicamentos. Já operadoras de planos de saúde devem prover, de maneira adequada, interação e integração com redes amplas de parceiros qualificados. A gestão de continuidade de atividades também pode ser aplicada de forma colaborativa para redes ou conjuntos de organizações que tenham interesses em comum. Além disso, a estruturação de ações rápidas para continuidade das atividades essenciais relacionadas ao processo de cuidado é fundamental para garantir um serviço de alta qualidade e segurança não só para pacientes, mas também para os colaboradores. Uma das medidas é desenvolver a equipe médica e administrativa para responder adequadamente a emergências, garantindo que todos saibam como agir, segundo os protocolos estabelecidos. Outro serviço implementado pela aliança é a realização de simulações regulares de incidentes e exercícios para avaliar a eficácia dos planos e identificar áreas de melhoria.