Outubro Rosa: é preciso investir em mamografias para salvar vidas

Em 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou mais de quatro milhões de mamografias, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Esse índice reflete a crescente conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, mas ainda é baixo perto do tamanho e da complexidade do nosso país. Os esforços no combate precisam de constante evolução para enfrentar um desafio ainda maior: o câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. A estimativa para o período de 2023 a 2025 é alarmante, com mais de 70 mil novos casos por ano.

Diante dessa realidade, é impossível ignorar o impacto transformador do movimento Outubro Rosa, criado para alertar, educar e promover o diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura. No entanto, apesar da clara importância da mamografia, o acesso a ela ainda enfrenta desafios. Mulheres que vivem em áreas remotas ou que dependem exclusivamente do sistema público de saúde, muitas vezes, enfrentam longas esperas para conseguir realizar o procedimento. Essa realidade contribui para diagnósticos tardios, comprometendo as chances de sucesso no tratamento. A tecnologia desempenha um papel fundamental na mudança desse cenário.

A introdução da mamografia digital é um exemplo de como a inovação pode melhorar tanto a precisão dos exames, quanto a experiência das pacientes. A digitalização das imagens permite uma avaliação mais detalhada das lesões mamárias, ao mesmo tempo em que facilita o armazenamento e compartilhamento dos exames entre profissionais, agilizando diagnósticos e tratamentos.

Estudos, como o publicado no Journal of Clinical Oncology, em 2024, indicam que a mamografia digital pode reduzir a mortalidade por câncer de mama ematé 30%, especialmente entre mulheres a partir dos 40 anos. Empresas de equipamentos de imagem estão na vanguarda dessa transformação, desenvolvendo soluções inovadoras, como mamógrafos ultra modernos, detectores avançados e digitalizadores, capazes de gerar diagnósticos mais confiáveis e menos invasivos, com alta tecnologia japonesa, considerada uma das melhores do mundo.

Soluções analógicas e digitais, com baixa exposição à radiação, tornam os exames mais seguros, enquanto a integração de tecnologias como a tomossíntese e a mamografia contrastada eleva o nível de precisão dos diagnósticos. Equipamentos que mantêm a qualidade superior de imagem, mesmo em espaços compactos, são fundamentais para clínicas menores, ao passo que a modularidade de algumas soluções permite a adaptação de mamógrafos analógicos existentes, sem a necessidade de grandes investimentos em novos. Em um cenário em que a detecção precoce vira o jogo, é determinante garantir acesso a soluções de alta qualidade para todas as pacientes.

O Outubro Rosa nos lembra de que a prevenção e o diagnóstico precoce podem salvar vidas. Mas, para isso, precisamos continuar avançando no investimento em novas frentes de exames por imagem, que ofereçam mais conforto e confiança para quem está nessa luta. É hora de unir forças para garantir que, em um futuro próximo, os números de mortes causadas pelo câncer de mama diminua significativamente.

Nayara Martins, Head de Vendas da Konica Minolta Healthcare do Brasil.

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