Simulador cirúrgico de realidade virtual reduz tempo de treinamento de cirurgião em operações de risco

Especialista em cirurgias simuladas por computador, Anderson Maciel, membro do IEEE,  organização profissional dedicada ao avanço da  tecnologia em benefício da humanidade, e professor do Instituto de Informática na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, lidera grupo de pesquisa que tem como objetivo desenvolver simuladores que reduzem o tempo de treinamento de um cirurgião experiente. Usando aplicações médicas de realidade virtual e aumentada, estes simuladores proporcionam maior realismo na aparência dos órgãos vivos e de reação ao contato com os outros órgãos.

Hoje, a realidade virtual já está presente em muitos setores, “mas a população só conhece VR nos games”, salienta o professor. No entanto, as aplicações da VR na medicina são de extrema importância para reduzir os riscos em cirurgias de alta complexidade, por exemplo. “É importante ressaltar, que ainda há muitos problemas que impedem a ampla disseminação de algumas técnicas cirúrgicas avançadas, pois esses procedimentos são muito mais complexos. Exigem que os cirurgiões sejam mais treinados e experientes.”, comenta.

Segundo Maciel, o projeto utiliza aspectos- chave como o realismo visual e realismo físiológico, e incorpora o estímulo háptico — sensação do tato –  para garantir melhor efetividade no treinamento da cirurgia. “Há muitos desafios também para a adoção da tecnologia de realidade virtual por parte de profissionais de algumas áreas. Na próxima década, vivenciaremos uma revolução na forma como os seres humanos interagem com a informação através da interface de realidade aumentada, que substituirá os smartphones. Esperamos que essa mesma tecnologia revolucione a qualidade das operações cirúrgicas num futuro próximo”, finaliza o membro do IEEE.

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