A tecnologia tem influenciado os hábitos de vida e comportamento da sociedade, e isso inclui crianças e adolescentes. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 95% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de todo o país acessam a internet, o que corresponde a mais de 25,1 milhões de pessoas nessa faixa etária.
Apesar de a internet ser uma fonte de conhecimento, o acesso ao ambiente digital vem sendo um tópico de discussões entre as famílias. Isso porque muitos pais têm se preocupado com a relação prejudicial para seus filhos, pois a interação entre crianças e tecnologia é cada dia mais próxima e precoce.
Atento a esse cenário, e para solucionar um problema que ele mesmo enfrentava, Heitor Hákime, CEO da CodeBit, empresa especializada em tecnologia de desenvolvimento e infraestrutura em nuvem, criou o aplicativo CodeWall.
“É difícil ter visibilidade ou pleno controle do uso da internet nas residências, principalmente quando estamos falando de crianças e adolescentes, que estão em fase de desenvolvimento. Hoje, temos uma quantidade imensa de informações na palma da mão, que nem sempre são positivas. Por isso, soluções tecnológicas como o CodeWall ajudam os pais terem um acompanhamento do que está sendo acessado e controlar o tempo de tela. Isso contribui para um uso mais assertivo e responsável, sem impedir o acesso total”, explica o CEO.
A solução funciona por meio de planos de assinatura, apenas fazendo uso de um roteador de wi-fi na residência que permite o acompanhamento de dispositivos e usuários que acessam a rede por um app. Além disso, a solução é capaz de desenvolver rotinas de acesso personalizadas, adaptadas às necessidades individuais de cada membro da família e a diferentes faixas etárias. Desse modo, fica mais fácil criar hábitos saudáveis no cotidiano familiar sobre o gerenciamento do uso da internet, o que garante mais segurança para crianças e adolescentes.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que o uso excessivo ou inadequado de atividades com recursos tecnológicos podem gerar nas crianças um aumento dos índices de distúrbios relacionados à saúde mental, como ansiedade e depressão. A entidade recomenda adequar a exposição aos aparelhos tecnológicos conforme idades e etapas de desenvolvimento da criança ou do adolescente, com especial atenção à manutenção da saúde alimentar e do sono, aliado às práticas de atividades físicas.
“Cabe ressaltar que, na era da transformação digital, a internet é uma importante aliada do aprendizado, sobretudo para essa faixa etária que está em pleno desenvolvimento. A chave está na moderação. É preciso ainda que crianças e adolescentes sejam estimulados ao convívio social com familiares e amigos, prática de exercícios físicos e uma rotina de modo geral mais saudável. Tudo isso traz benefícios para a saúde física e mental para o resto da vida”, pontua o Heitor.