Tecnologia para correção de arritmia cardíaca pode ajudar a salvar 1,5 milhão de vidas

Ao longo da semana de 17 a 21 de junho, o Brasil realizou suas primeiras cirurgias com o uso de uma tecnologia inédita para o tratamento da Fibrilação Atrial (FA): o FARAPULSE™.  O procedimento é realizado por meio de um processo chamado Pulsed Field Ablation (PFA), em inglês, que significa Ablação por Campo Pulsado. Os primeiros casos foram realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro em quatro hospitais: BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, InCor, Sírio-Libanês e Icaraí.

“A efetividade é muito semelhante a outros sistemas de ablação térmica, mas com uma vantagem na segurança por não gerar a lesão esôfago, das veias pulmonares e do nervo frênico, além da redução do risco dos pacientes, principalmente os mais frágeis que possuem já uma idade avançada ou saúde mais debilitada e precisam passar por esse tipo de procedimento. O futuro é muito promissor no Brasil com a introdução desta nova tecnologia e em oferecer uma vida mais confortável para a maioria dos pacientes e mais longa para um subgrupo dos que precisam deste tratamento”, afirma o Dr. Maurício Scanavacca, cardiologista diretor da unidade clínica de arritmia e marcapasso do InCor (HC-FMUSP).

Para garantir segurança e eficácia, as equipes médicas contaram com o apoio de especialistas chamados Expert P’s. Esses profissionais passaram por uma formação intensiva que pode levar até 18 meses, incluindo treinamentos práticos nos EUA e Europa, além de terem realizado pelo menos 50 procedimentos ao vivo com o FARAPULSE™. Além de executar procedimentos, eles também apoiam na formação de novos especialistas, contribuindo para o avanço contínuo da tecnologia.

“Nesta primeira semana de procedimentos, os médicos puderam constatar o potencial transformador de FARAPULSE™️, oferecendo aos pacientes um tratamento seguro, ágil e eficiente. Nossos esforços agora estão em continuar a expansão para possibilitar o acesso à tecnologia em todo o território nacional.”, afirma Kalyne Terumi Chagas, diretora da área de Ritmo Cardíaco na Boston Scientific Brasil.

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