No primeiro Post deste ano, listei alguns dos temas intrigantes que tem sido muito discutidos na mídia em geral, nos meios corporativos e na área acadêmica da Saúde e Tecnologia da Informação.
Como primeiro dos assuntos que achei pertinente compartilhar com todos, a Inteligência Artificial é uma das que mais atrai a curiosidade do público, em especial pelo aspecto futurista e imaginário, particularmente cultivado em vários filmes de sucesso de Hollywood.
Dentre os filmes que trouxe o tema para o público, e que talvez a maioria de vocês já assistiu, o mais famoso é A.I. Artificial Intelligence (A. I. Inteligência Artificial título no Brasil). É um filme de ficção científica de Steven Spielberg lançado em 2001, a partir de um projeto de Stanley Kubrick, sobre a possibilidade da criação de máquinas com sentimentos.
Inteligência Artificial (IA), segundo alguns especialistas definem, é “a inteligência similar à humana exibida por mecanismos ou software”. O principal objetivo dos sistemas de IA, é executar funções que, caso um ser humano fosse executar, seriam consideradas inteligentes.
A tecnologia da IA pode ser usada de diferentes modos. Similar a inteligência humana aonde você associa diversos métodos de processar informações, a IA tem algumas características básicas, como a capacidade de raciocínio (aplicar regras lógicas a um conjunto de dados disponíveis para chegar a uma conclusão), aprendizagem (aprender com os erros e acertos de forma a no futuro agir de maneira mais eficaz), reconhecer padrões (tanto padrões visuais e sensoriais, como também padrões de comportamento) e inferência (capacidade de conseguir aplicar o raciocínio nas situações do nosso cotidiano). Destas modalidades, e de outras ainda em desenvolvimento, vem as aplicações de IA Analítica, Preditiva, Cognitiva, apenas para citar algumas.
Varias empresas de tecnologia estão investindo pesado em IA, como por exemplo Google, Microsoft, SAP e IBM. A IBM tem divulgado amplamente seu sistema chamado de Watson, o que está atraindo a atenção do público para o assunto.
Numa era em que os humanos estão gerando mais dados por meio de seus celulares, laptops, wearables e sensores diversos, do que nunca antes na história, como processar todos esses dados e ainda fazê-los ter sentido e valor? Segundo estimativas, em 2020 cada ser humano na Terra terá gerado o equivalente a 5,2 Terabytes de informação digital! É muita informação para se processar.
Este é um dos principais desafios da Inteligência Artificial. Munidos hoje de uma capacidade crescente de processamento na nuvem da Internet e nos aparelhos pessoais, a IA irá ajudar a filtrar os dados relevantes e associá-los adequadamente para cada área do conhecimento que desejamos. As aplicações são inúmeras: Economia, História, Meio-Ambiente, Astronomia e Saúde! Isto só para exemplificar.
Assim, voltando ao tema deste Post, como a Inteligência Artificial (IA) vai capacitar novos agentes no ciclo da Saúde?
Primeiramente, a IA ajudará os médicos a processar e agrupar inúmeros dados de seus pacientes que estejam armazenados em seus prontuários e registros médicos eletrônicos bem como sistemas de telemetria pessoal de dados (como wearables e smartphones). Uma vez agrupados os dados, eles poderão ser analisados de várias formas para auxiliar no diagnóstico, na recomendação de condutas clinicas baseadas em evidências científicas atualizadas, na prevenção e na personalização da Saúde do paciente.
Uma outra área de aplicação da IA na Saúde, será a combinação de dados populacionais em diversas especialidades médicas, visando um melhor planejamento de estratégias públicas de Saúde, ações de prevenção para doenças e epidemias, foco na eficácia de medicamentos e tratamentos clínicos e cirúrgicos, apenas para citar alguns dos benefícios.
Mas será que a IA irá substituir os médicos, como alguns predizem? Bem, veja a opinião deste especialista no video a seguir.
Podemos dizer que haverá sim uma mudança nos agentes do ciclo da Saúde atual. Algumas profissões talvez deixem de existir no longo prazo e outras surgirão. Os Cientistas de Dados (ou Data Scientists) serão cada vez mais usados na Saúde. Mas os profissionais atuais da Saúde também precisarão se adaptar a nova realidade da Medicina Digital, pois seus pacientes estão se tornando digitais!
Há um artigo muito interessante para quem quiser se aprofundar em como a IA poderá salvar vidas, veja no link abaixo.
O assunto é muito amplo, desafiador e atraente, trazendo inevitavelmente diversas discussões éticas, econômicas, tecnológicas, médicas e de segurança das informações. Não há como cobrir singularmente todos os aspectos que a Inteligência Artificial traz a tona, mas temos certeza que ela veio para ficar!
Voltaremos futuramente a este assunto encantador. Não perca!
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No próximo Post traremos um novo tema relacionado a aonde a Saúde Digital nos levará?
Guilherme Rabello, gerente comercial e de Inteligência de Mercado da InovaInCor – InCor / Fundação Zerbini.
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