Em cerimônia de posse da nova presidência da Associação Brasileira de Planos de Saúde – Abramge, o presidente da entidade para o biênio 2024 a 2026, Gustavo Ribeiro, afirmou que vai atuar na busca da sustentabilidade do sistema de saúde suplementar no Brasil. “Hoje o setor busca o reequilíbrio. Esse caminho passa por desafios como aumentar o acesso para população brasileira aos planos de saúde, aliado a condições que garantam a saúde perene do setor”, afirmou Ribeiro, em solenidade realizada na noite da última quarta-feira, em Brasília, com a presença de diversas autoridades e empresários.
Presente na cerimônia, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin destacou o avanço do setor de saúde suplementar no Brasil, que hoje tem 51 milhões de segurados e gera cerca de 5 milhões de empregos. “A saúde é livre à iniciativa privada. É ótimo que ela cresça porque atende um quarto da população brasileira. Atualmente, 80% dos seguros de saúde são de empresas. À medida que cresce o emprego, cresce o seguro de saúde, o que alivia o SUS e ajuda o País”, afirmou.
Além de Geraldo Alckmin, compuseram a mesa do evento o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Dias Toffoli, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello. Daiane Nogueira de Lira, Conselheira do CNJ, subiu ao palco como representante das mulheres do setor. Participaram ainda da solenidade, autoridades como o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, além de senadores e deputados da República.
Durante seu discurso, Gustavo Ribeiro se comprometeu com a transparência na divulgação dos números da saúde suplementar, assim como nas ações para enfrentamento dos desafios postos. “O brasileiro deseja a segurança que a saúde suplementar proporciona e espera que o custo seja compatível com o orçamento. Aumentar o acesso da população ao sistema, oferecendo um serviço de alta qualidade, é o que lutamos como entidade”, ressaltou.
Ribeiro assume o cargo ocupado por Renato Casarotti (Amil), que permanece na associação como vice-presidente: “À frente da Abramge, a nossa missão foi destruir muros e construir pontes. Agora passo a responsabilidade para Gustavo Ribeiro, que como um verdadeiro caçador de consensos, tem as competências necessárias para o setor vencer os desafios”.
O novo presidente não deixou de lembrar referências em sua trajetória profissional, como o vice-presidente da República e médico, Geraldo Alckmin e o médico Roberto Kalil Filho, fundamentais para o início de sua carreira no setor de saúde suplementar. Agradeceu também aos doutores Cândido Pinheiro Júnior e Jorge Pinheiro, vice-presidente do Conselho e presidente da Hapvida NotreDame Intermédica, empresa onde Ribeiro exerce a função de vice-presidência de Assuntos Institucionais. Em nome da diretoria da Abramge, o novo presidente exaltou, ainda, a grande contribuição feita pelos empresários presentes à economia do País, com destaque especial a Ivan Gontijo e Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Pablo Meneses (Rede D’Or e SulAmérica) e Helton Freitas (Seguros Unimed).
Diálogo e desafios
Entre os presentes, a necessidade de fortalecer o diálogo entre a Abramge, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Parlamento e o Judiciário para superação da crise no setor, que responde por 6% do PIB (Produto Interno Bruto), era consenso.
Para o presidente da ANS, Paulo Rebello, é hora de buscar soluções conjuntas: “Precisamos, sim, sentar à mesa dentro da lógica de construção de pontes. Infelizmente, hoje temos um ecossistema em que há desconfiança generalizada. Conte conosco, a agência está preparada para enfrentar os problemas que estamos vivendo”.
Na nova diretoria da Abramge também estão Marcelo Sanches Dietrich (Doctor Clin), Luiz Celso Dias Lopes (Hapvida NDI), Paulo Jorge Rascão Cardoso (Grupo Athena), Dulcimar De Conto (Nossa Saúde) e Rodrigo Mafra (Sermed). Marcos Novais, superintendente desde janeiro de 2020, permanece na função, assim como os demais executivos da entidade. O mandato é para o biênio 2024-2026.