Hapvida NotreDame Intermédica fecha 1º tri com aumento de 63,5% no Ebitda

O grupo Hapvida NotreDame Intermédica encerrou o primeiro trimestre com receita líquida de R$ 6,7 bilhões, o que representa uma alta de 12,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Também houve avanço significativo num dos indicadores mais relevantes para os analistas de mercado, o Ebitda — sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. O Ebitda ajustado da companhia atingiu R$ 634,5 milhões, um aumento de 63,5% em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Parte do bom desempenho do grupo pode ser atribuído a uma estratégia de negócios focada na recomposição do tíquete médio, o que fez com que o faturamento por beneficiário subisse 8,3% na comparação de primeiro trimestre com primeiro trimestre. Outro índice que mostrou evolução favorável foi um dos mais importantes para o setor de planos de saúde, a sinistralidade, que reflete a relação entre os custos dos serviços realizados e os valores recebidos dos beneficiários. Quanto menor o índice, mais fôlego financeiro tem a companhia. O indicador de sinistralidade da Hapvida NotreDame Intermédica ficou em 72,3%, um dos mais baixos percentuais entre todas as empresas do setor, mostrando uma evolução em relação ao último trimestre reportado (4T22) e o mesmo trimestre do ano anterior (1T22).

“Os números comprovam que a companhia tem conseguido se adaptar ao cenário desafiador do setor, com melhor desempenho financeiro e operacional, reforçando a resiliência de seu modelo de negócio”, diz o CEO da Hapvida NotreDame Intermédica, Jorge Pinheiro. “Seguimos nossa trajetória baseada no atendimento verticalizado, no trabalho de prevenção da saúde, na ampliação do mercado de atuação, no controle rigoroso de custos e na captura de sinergias.”

O detalhamento dos resultados financeiros mostrou igualmente melhora no perfil da dívida da empresa. A dívida líquida, que era de 2,8 vezes o Ebitda no primeiro trimestre de 2022, caiu para 2,3 vezes o Ebitda no primeiro trimestre de 2023, mesmo após a conclusão da aquisição da HB Saúde, que custou R$ 650 milhões. Após dois eventos de captação de recursos realizados nos meses de abril e maio, essa alavancagem ficou em torno de 1,6 vez, uma redução significativa e alinhada com o plano estratégico da companhia.

Venda da São Francisco Resgate

Paralelamente à divulgação do balanço, a Hapvida Participações e Investimentos S.A. emitiu fato relevante — divulgado em 8 de março — informando a seus acionistas e ao mercado em geral que, no dia 13 deste mês assinou contrato de compra e venda de quotas e outras avenças para a venda da São Francisco Resgate (SF Resgate e Transação, respectivamente), subsidiária integral da companhia, para a ELO Conservação e Manutenção de Infraestrutura.

Pelos termos acordados, o enterprise value da transação é de R$ 150 milhões, sujeito a mecanismos de ajustes de preço comuns em transações similares. A transação, segundo a companhia, contribuirá para que priorize sua estratégia, especialmente na otimização de seus recursos para verticalização e integração com a NotreDame Intermédica. A conclusão da transação está condicionada ao cumprimento de determinadas condições precedentes, conforme previstas no respectivo contrato, incluindo a aprovação prévia pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A SF Resgate é um dos maiores provedores de serviços de emergência médica do Brasil, operando uma frota com mais de 220 ambulâncias próprias. Atualmente, a SF Resgate possui 16 contratos de operação divididos entre concessões rodoviárias, o maior aeroporto brasileiro (Aeroporto de Guarulhos) e operações industriais. A SF Resgate conta com mais de 200 bases operacionais distribuídas em 165 cidades do país. As ambulâncias da SF Resgate, objeto da transação, são de dedicação exclusiva aos contratos mencionados e, portanto, não prestam serviço ao Grupo Hapvida NotreDame Intermédica.

Até a conclusão da transação, a companhia continuará a conduzir seus negócios normalmente. Portanto, clientes, fornecedores, colaboradores e demais partes interessadas não devem esperar quaisquer alterações na administração, relações comerciais, fornecimento e oferta de serviços.

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