Parceria vai desenvolver projeto inédito de técnicas de inteligência artificial e redes neurais

A Fundação Stemmer para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Feesc) assinou com a Qualirede, empresa de gestão de planos de saúde, um contrato para realizar a gestão administrativa e financeira de projeto que será desenvolvido pelo Laboratório de Circuitos e Processamento de Sinais (Linse), unidade de pesquisa do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O projeto vai tratar do uso de técnicas de inteligência artificial e redes neurais para a classificação de auscultas de batimentos cardíacos. O contrato foi assinado na sede do Linse pelo professor Rui Seara, coordenador do projeto, Angela Silveira, gerente executiva da Feesc, Paula Bianca Minikovski Coelho, CEO da Qualirede, e Ricardo Pereira, gerente de Inovação da empresa.

“As expectativas são as melhores possíveis, pois somos uma empresa inovadora em tudo que faz e antenada no desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas à saúde. No campo de diagnósticos há muitas oportunidades com uso de técnicas de redes neurais, aprendizado de máquinas e inteligência artificial que auxiliam o médico e podem, inclusive, antecipar futuras complicações de saúde”, afirmou a CEO da Qualirede.

Este é o primeiro contrato celebrado entre a Qualirede e a Feesc. Criada em 18 de maio de 1966, a Feesc é credenciada por ato conjunto dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia e Inovação como fundação de apoio à UFSC, ao IFSC e à Udesc. Em suas atividades está o gerenciamento de projetos de ensino, pesquisa e extensão, e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico. Atualmente, a Feesc gerencia mais de 200 projetos orçados, no total, em cerca de R$ 270 milhões.

“A expectativa é que essa parceria gere base de conhecimento para que possamos evoluir em novas tecnologias, inovar nossos serviços, sermos protagonistas na evolução do setor de saúde no Brasil e trazer mais saúde para mais pessoas”, afirmou o gerente de Inovação da Qualirede.

Com cerca de 40 anos de atividades, o Linse desenvolve atividades de pesquisa que incluem uma variedade de tópicos em processamento de sinais e em projetos de circuitos e sistemas. Na área da tecnologia da fala, as principais pesquisas envolvem codificação, síntese e reconhecimento.

“O Linse é reconhecido internacionalmente em trabalhos relacionados com processamento de sinais. Quando se fala em diagnósticos relacionados com tomadas de sons e imagens, há uma aplicação direta da experiência do Linse com o que se faz na área da saúde”, observou Pereira, coordenador do projeto, o professor Rui Seara é docente titular do Departamento de Engenharia Elétrica da UFSC, onde desenvolve atividades de pesquisa e ensino nas áreas de processamento digital de sinais, processamento de voz e imagem, técnicas de filtragem adaptativa e comunicações digitais. Graduado em Engenharia Elétrica pela UFSC em 1975, é mestre em Ciências em Engenharia Elétrica pela UFSC em 1980. Especializou-se em Instrumentação-Metrologia pela Ecole Supérieure d’Electricité de Paris em 1982. E, em 1984, obteve o título de Doutor em Engenharia Elétrica pela Université Paris-Sud, da França. O contrato tem quatro meses de duração.

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