Uma nova análise da pesquisa IMPACT CKD, da AstraZeneca, previu benefícios clínicos, econômicos e ambientais significativos para os sistemas de saúde brasileiros e sociedade, ao longo de um período de 25 anos, com a triagem, o diagnóstico e o tratamento mais precoces da doença renal crônica (DRC). A simulação traz um recorte da população brasileira e examina os possíveis resultados de uma seleção mais prévia e direcionada de indivíduos de alto risco, com um aumento de 25% no diagnóstico e 75% de adesão à terapia médica direcionada por diretrizes, em comparação com a prática atual¹. Os resultados, apresentados na Conferência 2024 da International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research (ISPOR), em Barcelona, Espanha, projetaram uma redução de R$ 116.8 bilhões nos custos totais da DRC e da terapia de substituição renal (TRR) no Brasil, entre 2022 e 2047¹.
O estudo também projetou um aumento de R$ 159,7 bilhões na receita tributária líquida e de R$ 2.800 bilhões no PIB líquido, bem como um aumento de 8,0% e 7,7% nos dias úteis trabalhados, que atualmente são perdidos devido ao absenteísmo de pacientes e cuidadores. No mesmo período de 25 anos, os resultados mostraram uma redução projetada de 45,8% na prevalência de diálise com melhor diagnóstico e adesão às diretrizes. Além disso, o modelo previu uma redução nos eventos cardiovasculares (27,8%), lesão renal aguda (10,8%) e morte (5,8%).¹
“O ônus crescente da DRC afeta muitas facetas da vida, desde o bem-estar do paciente e do cuidador até a economia e o meio ambiente. Esses dados servem para destacar a possibilidade de um futuro melhor”, afirma a médica nefrologista, Diretora Científica da Sociedade Brasileira de Nefrologia Regional Bahia (SBN – Regional Bahia), Vice-diretora do Departamento de Diálise da Sociedade Brasileira de Nefrologia (2023-2024) e uma das autoras do estudo, Ana Flávia Moura.
Para a especialista, combinar a triagem e o diagnóstico precoce com o uso imediato de terapias médicas orientadas por diretrizes que modificam a doença pode salvar vidas. “Teremos a oportunidade de interromper ou retardar a progressão da DRC, reduzir os principais eventos clínicos e os impactos socioeconômicos e ambientais significativos. Também poderemos reduzir a necessidade de terapias de substituição renal, como diálise e transplante”, completa a Dra. Ana Flávia Moura.
Com a projeção de que a DRC se tornará a quinta principal causa de mortalidade em todo o mundo, até 2040, há uma necessidade urgente de que lideranças tratem a condição como uma prioridade de saúde pública. “Essas descobertas demonstram a importância fundamental da implementação de políticas proativas destinadas a melhorar a detecção precoce da DRC e a adoção imediata de diretrizes médicas para o tratamento oportuno da condição. Se pudermos adotar protocolos que facilitem o acesso universal ao diagnóstico e terapias precoces, poderemos reduzir o impacto da DRC sobre os pacientes, as sociedades, os sistemas de saúde e o meio ambiente”, comenta a Diretora Médica da AstraZeneca Brasil, Dra. Karina Fontão.
No Brasil, estima-se que mais de 10 milhões de adultos vivam com DRC². No entanto, muitas pessoas com a condição podem não saber que a têm e, portanto, não estão recebendo orientação para tratar sua doença. Atualmente, o uso de diretrizes é baixo para pacientes com DRC no Brasil.
O IMPACT CKD é o primeiro estudo a examinar e prever o vasto impacto da DRC em um horizonte de 25 anos. O estudo faz parte do programa ACT on CKD da AstraZeneca, por meio do qual a companhia e a Global Patient Alliance for Kidney Health (GloPAKH) lançaram a campanha “Make the Change for Kidney Health”, no início deste ano. Essa iniciativa busca elevar a DRC na agenda política global, defendendo estratégias abrangentes e eficazes de gerenciamento da doença para combater esse desafio de saúde cada vez maior.