Avaliada em R$ 20 milhões, healthtech Polaris mira na saúde individualizada

Oriundo de uma família de médicos e cercado por hospitais, o empreendedor Roberto Ludovico fez um longo caminho na área de consultoria, incluindo passagem pela McKinsey, até se render à área médica e fundar a healthtech Polaris em 2020. Desde então, a startup, que oferece soluções tecnológicas para organizar a rotina de saúde das pessoas de forma individualizada, vem registrando crescimento. Com faturamento anual de cerca de R$ 1,5 milhão, a empresa projeta fechar este ano com uma receita anual de R$ 5 milhões.

Dentro do roadmap de expansão em 2023 há a projeção de aumentar o time de colaboradores e investir em tecnologia para melhorar a experiência digital dos clientes. “Queremos aumentar o nosso faturamento com a rodada de captação que abriremos em breve, onde pretendemos aportar cerca de R$ 3 milhões em 30 dias”, avalia Ludovico, CEO e fundador da Polaris.

A healthtech iniciou as operações com um aporte inicial de R$ 2 milhões de investidores de renome na área médica,  executivos e ex-executivos do Hospital Albert Einstein, Omint, Notre-Dame Intermédica, Dasa e Sul-America. Com um time de saúde liderado por Ana Bernardo, farmacêutica com mais de 30 anos de experiência no mercado, a startup conta com cerca de dez profissionais da área médica, incluindo especialistas da área de nutrição, laboratorial, farmacêutica, ortomolecular e bioquímica.

Atualmente a startup atende cerca de 1.300 clientes, com o objetivo de ampliar sua base em mais de 600%, totalizando cerca de 10 mil clientes até o final do ano. Além disso, para 2023, o plano é aumentar a força de trabalho tech e abrir novas contratações.

“Acredito que a maior transformação que veremos neste século é uma mudança que sai de uma saúde, antes pensada no coletivo, para uma saúde focada em necessidades individuais. “Temos visto avanços significativos no setor, como o desenvolvimento de vacinas, programas de imunização em massa e antibióticos que podem tratar uma ampla gama de doenças. No entanto, agora precisamos focar no micro, onde cada pessoa possui necessidades de saúde únicas. Por isso, criamos soluções sob medida para todos os aspectos da saúde de uma pessoa”, explica Ludovico.

Com um background voltado para a área de consultoria, Ludovico começou a Polaris ainda em 2019 com uma tentativa de unir sua expertise com a área da saúde. “Em 2018, vivi uma enorme dificuldade para conseguir um diagnóstico de síndrome do intestino irritável, algo que era para ser uma investigação relativamente simples, dependeu de 4 médicos até obter um resultado. Neste momento percebi como a área da saúde era complexa e cheia de oportunidade para o uso de ferramentas que facilitassem a vida do paciente e do médico”, explica.

Após pivotar algumas vezes o modelo de negócio, o executivo encontrou um nicho que merecia atenção, o de saúde individualizada. Dentro do portfólio de produtos customizados oferecidos pela startup estão: suplementação, manipulação e dermocosméticos, sendo o único player do mercado a oferecer tratamento para cuidados da pele de forma individualizada.

Com uma operação 100% digital, a healthtech oferece medicamentos manipulados que podem ser compostos a partir de prescrições enviadas por WhatsApp, bem como suplementos adaptados às necessidades de cada indivíduo, como dificuldade para dormir, queda de cabelo e unhas quebradiças. “São mais de 160 mil combinações únicas que podem ser adaptadas e recomendadas de acordo com as respostas de um pequeno questionário. Nessas perguntas avaliamos informações pessoais, hábitos de vida, rotina, comportamento e objetivos”, explica o CEO.

Ele explica que todos os medicamentos possuem certificação de 100% de pureza, seguindo padrões de manipulação dos insumos e matérias-primas, além de um rigoroso processo com oito etapas de conferências farmacêuticas, com uma equipe qualificada e uma infraestrutura de alta tecnologia, um grande diferencial de qualidade do nosso negócio.

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