Em todo o mundo são realizadas aproximadamente 1 milhão de cirurgias robóticas ao ano, de acordo com as representantes do setor, e a expectativa é que esse número “mais que dobre” em um período de três anos, ultrapassando a marca de 2 milhões, até 2025. Instituições apontam que 8,5 milhões de pacientes já foram operados com o auxílio do robô, sendo 100 mil apenas no Brasil.
A plataforma robótica pode ser utilizada para praticamente todas as cirurgias de hérnias abdominais, desde casos mais simples até os casos mais complexos. E é nesse cenário, das hérnias mais complexas, que está a grande indicação da cirurgia robótica. A melhor visualização, maior precisão e eficácia dos movimentos permitem que mais cirurgias possam ser realizadas por técnicas minimamente invasivas, permitindo assim uma recuperação mais rápida e com menos complicações aos pacientes.
De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Christiano Claus, dedicado ao tratamento das hérnias abdominais, do Instituto de Cirurgia Robótica do Paraná, a plataforma robótica garante maior visualização e preservação das estruturas anatômicas. “É o ideal para tratamento de grandes hérnias, hérnias em local de incisão prévia ou hérnias recidivadas. A precisão da cirurgia é maior, o que permite também um pós-operatório mais confortável ao paciente, com redução da dor, retorno mais precoce às atividades e menores riscos de complicações sobretudo infecciosas”, explica.
O uso da tecnologia também evita o risco de retorno da doença. “Além disso, a reconstrução anatômica do local da hérnia feita de forma adequada reduz o risco de recidiva, com o ideal posicionamento da tela, mesmo em locais de difícil acesso”, esclarece Claus.
As cirurgias para hérnias abdominais são as cirurgias mais comumente realizadas em todo o mundo. O risco de uma pessoa apresentar uma hérnia abdominal ao longo da vida é considerado alto: na região inguinal/virilha de 20% a 25% são homens e 3%, mulheres 3%; no umbigo de 5% a 10% envolvem ambos os sexos; além disso aproximadamente 10% dos pacientes submetidos a uma cirurgia desenvolverão uma hérnia na incisão/corte.
As hérnias abdominais são aberturas na musculatura que permitem a passagem de uma porção de órgão ou gordura através dela, causando sintomas como dor e desconforto. “As complicações mais comuns são o estrangulamento e encarceramento da hérnia, que sem o atendimento adequado podem causar necrose do órgão afetado e consequentemente a morte”, afirma Claus.
O ICRP reúne quatro cirurgiões renomados em cirurgia robótica do Sul do Brasil — e em suas respectivas áreas de atuação, com certificação e know-how para oferecer melhor atendimento ao paciente, com o que há de mais atual e seguro na medicina.
Fazem parte deste projeto os cirurgiões Christiano Claus, cirurgia de hérnias abdominais e aparelho digestivo; Eduardo Ramos, cirurgia hepática e pancreática; Giorgio Baretta, cirurgia bariátrica e metabólica; e Reitan Ribeiro, cirurgia oncológica.