Covid-29: Robô Laura P.A Digital já atendeu mais 100 mil pessoas

Cento e onze mil cidadãos brasileiros já usaram a tecnologia de inteligência artificial da Startup Laura para avaliar a suspeita de Covid-19 e tirar dúvidas sobre sintomas da doença. Criado para auxiliar o poder público e instituições de saúde no combate à pandemia, o Robô Laura P.A Digital realiza a triagem online dos pacientes e os acompanha via WhatsApp por 14 dias, monitorando a evolução do quadro clínico e encaminhando os casos mais graves para atendimento médico.

A tecnologia está em funcionamento em 25 instituições. São 18 prefeituras e  sete hospitais aderiram à ferramenta de inteligência artificial em 10 estados brasileiros. Nos últimos oito meses o PA Digital atendeu 111.175 cidadãos e gerou 558 mil interações. O sistema emitiu 73.058 alertas; sendo que 56% apresentavam sinais de gravidade e foram encaminhados para atendimento médico.

Dos 111 mil atendimentos, 39 mil foram acompanhados de modo exclusivo pelo robô. “Isso representa uma economia direta de recursos humanos e financeiros. Com o atendimento online, essas pessoas deixaram de sobrecarregar as unidades de saúde e também preservaram suas vidas, evitando a exposição desnecessária”, comenta Cristian Rocha, CEO da Laura. Sem o trabalho do PA Digital, o sistema de saúde teria de absorver cerca de 3 mil atendimentos diários a mais. Em termos monetários, a economia em ligações telefônicas que deixaram de ser feitas está na ordem de R$ 228.247,20, enquanto a economia com as equipes de enfermagem está estimada em R$ 4.884.818,40 ou R$ 814.136,40 com salários mensais.

Telemedicina Inteligente

A solução tecnológica foi desenvolvida no início da pandemia, em resposta ao aumento do número de casos no Brasil e pela urgência em se otimizar os recursos de saúde para atendimento da população e evitar o colapso do sistema. “Com inteligência artificial podemos colaborar para gestão dos recursos de saúde: os pacientes recebem orientação inicial e são monitorados sem precisar sair de casa, enquanto as equipes de saúde podem concentrar os esforços no atendimento presencial daqueles que realmente precisam”, explica Rocha. “Os pacientes com sintomas de Covid-19 são encaminhados para o atendimento presencial no momento certo. Como o sistema gera dados de previsão de demanda, o gestor de saúde pode organizar melhor leitos e equipes disponíveis”

O robô entende o que o paciente escreve respondendo às perguntas e identificando sintomas e funciona como um assistente virtual. De acordo com as respostas analisadas, o sistema alerta sobre sintomas graves, identifica casos suspeitos e orienta quem deve procurar atendimento médico. Os procedimentos seguem parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde.

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