Publicado na revista Lancet em agosto de 2023, um estudo do Instituto para IHME (Métricas e Avaliação em Saúde) dos Estados Unidos projeta que, até 2050, a osteoartrite poderá afetar mais de 1 bilhão de pessoas. No Brasil, dados do INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia) revelam que mais de um terço dos pacientes diagnosticados no Instituto apresentam osteoartrite.
A osteoartrite, também conhecida como artrose, é uma condição comum que afeta as articulações, resultando no desgaste progressivo da cartilagem que as reveste. Esse desgaste prejudica a capacidade da cartilagem de amortecer impactos e proporcionar uma superfície de deslizamento suave entre os ossos, levando a sintomas como dor, inchaço e limitação de movimento nas articulações afetadas. A osteoartrite pode impactar significativamente a qualidade de vida, sendo uma das principais causas de dor crônica e restrição funcional.
Segundo o Dr. Marco Aurélio Silvério Neves, ortopedista e traumatologista, especializado em cirurgia de quadril e joelho, a prática de uma atividade física regular é extremamente benéfica aos portadores de osteoartrite. Isso porque ajuda a reduzir a dor e a rigidez nas articulações, aumentar a flexibilidade, a força muscular, a saúde do coração e a resistência ao esforço.
Muito além de fazer bem para o organismo e para a saúde como um todo, a prática de atividades físicas também é fundamental para o fortalecimento dos ossos, uma vez que o exercício físico feito de maneira regular aumenta a força muscular e auxilia assim, no fortalecimento dos ossos e das articulações, garantindo uma melhor qualidade de vida.
Para finalizar, o ortopedista destaca que a osteoartrite é uma doença crônica não transmissível (DCNT) que acomete as articulações e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma das principais causas de redução da qualidade de vida no mundo. Ou seja, a mudança de hábitos e a inclusão de rotina diária de exercícios se faz fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente.