A análise de medicamentos oncológicos a serem incorporados no Sistema Único de Saúde (SUS) ganha um importante aliado. Lançado recentemente pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o documento chamado “Implementação do Índice de Priorização de Medicamentos para Incorporação no SUS e Saúde Suplementar” busca qualificar e facilitar o processo de incorporação de medicamentos, tornando-o mais transparente, eficiente e acessível aos pacientes com câncer.
O documento reforça o compromisso da SBOC com a excelência técnica e responsabilidade social no processo de adesão a novas terapias para o tratamento do câncer no Brasil. Para André Sasse, oncologista clínico, CEO do Grupo SOnHe e membro da diretoria da SBOC, diretor responsável pela proposta que deu origem ao índice, o documento servirá como guia para gestores e tomadores de decisão. “É um modelo muito bem fundamentado, que tem o objetivo de direcionar as decisões, tornando-as mais eficientes e até mesmo econômicas”, afirma Sasse.
A priorização dos medicamentos se baseia em seis critérios fundamentais: benefício clínico, necessidade clínica não atendida, carga da doença, alinhamento com a lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS), custo-efetividade e impacto orçamentário. “Esses critérios, quando seguidos, oferecem informações essenciais para os tomadores de decisão”, explica Sasse.
A aplicação do índice será monitorada e avaliada regularmente, garantindo ajustes necessários para que ele permaneça eficiente tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde como um todo. “O documento se baseia em evidências científicas para contribuir com decisões mais assertivas sobre incorporações de novos medicamentos principalmente ao SUS, que sejam alinhadas às reais necessidades dos pacientes com câncer no Brasil”, conclui Sasse.