Merck adquire a Prometheus Biosciences por cerca de US$ 11 bilhões

A Merck anuncia a aquisição da Prometheus Biosciences, fabricante de a medicamentos para doenças inflamatórias intestinais. O negócio surge no momento em que o laboratório farmacêutico procura medicamentos que possam compensar as quedas na receita e minimizar o impacto da expiração da patente nos próximos anos do Keytruda, anticorpo usado no tratamento de vários tipos de câncer, como melanoma, câncer de pulmão, de cabeça e pescoço, linfoma de Hodgkin, câncer de estomago, cervical e certos tipos de câncer de mama.

Na verdade, a busca da Merck por seu próximo produto de grande sucesso continua indo além do câncer. A gigante farmacêutica concordou em pagar US$ 10,8 bilhões para adquirir a Prometheus Biosciences, que tem um candidato a medicamento pronto para a fase 3 e pode ser o primeiro de uma nova classe de terapias imunológicas.

Embora a Merck enquadre o medicamento da Prometheus, o PRA-035, como um potencial sucesso de bilheteria no tratamento da colite ulcerativa e na doença de Crohn, a empresa diz que a aquisição visa mais do que esses dois distúrbios inflamatórios intestinais. O potencial da droga de anticorpo também se estende a outras indicações autoimunes. Indo além, os executivos da Merck apontam para a tecnologia que alimenta a pesquisa de medicamentos da Prometheus, uma plataforma que liga genética e biologia para orientar uma abordagem de medicina de precisão. O laboratório vê essa tecnologia como uma forma de desenvolver uma abordagem adotada na imunoterapia do câncer.

“O fato deles terem esse extraordinário banco de dados de biomarcadores e já terem identificado um biomarcador muito importante para colite ulcerosa realmente servirá para mudar a maneira como os imunologistas pensam sobre seus pacientes e sobre essas doenças”, disse Eliav Barr, chefe de desenvolvimento global e diretor médico, durante uma teleconferência na segunda-feira, 17. “Fizemos essa revolução na imuno-oncologia e antecipamos coisas semelhantes no espaço da imunologia.”

Conforme os termos do acordo de aquisição, a Merck pagará US$ 200 em dinheiro por ação da Prometheus, o que representa um prêmio de 75,4% sobre o valor do papel da empresa na sexta-feira passada, 14. Quando a Prometheus, com sede em San Diego, na Califórnia, abriu o capital em 2021, precificou suas ações a US$ 19 cada. A expectativa é que a aquisição seja concluída no terceiro trimestre, após as aprovações regulatórias de praxe.

A Merck está procurando expandir o seu portfólio de medicamentos, uma vez que enfrenta quedas de receita esperadas no tratamento de câncer. O imunoterápico Keytruda continua sendo o produto mais vendido da gigante farmacêutica, com receita de US$ 20,9 bilhões no ano passado, um aumento de quase 22% em relação às vendas de medicamentos no ano anterior. Mas as vendas diminuirão à medida que as patentes da droga expirarem nos próximos anos. Em 2021, a Merck adquiriu a Acceleron Pharma em um acordo de US$ 11,5 bilhões que trouxe o candidato a medicamento para hipertensão arterial pulmonar sotatercept, um potencial produto de grande sucesso. A imunologia representa uma ampla área para o crescimento da Merck. O portfólio de imunologia da empresa é atualmente representado por dois produtos anti-inflamatórios, Simponi e Remicade. As vendas de ambos os medicamentos de anticorpos têm diminuído.

Apesar da disponibilidade de medicamentos para doenças inflamatórias intestinais, é trata-se de indicação com grande necessidade médica não atendida. Os tratamentos padrão incluem medicamentos anti-inflamatórios e terapias de supressão do sistema imunológico, mas esses produtos não funcionam para todos os pacientes. As opções mais recentes incluem moléculas pequenas e medicamentos biológicos. No entanto, as terapias disponíveis para doenças inflamatórias intestinais apresentam riscos de efeitos colaterais, alguns deles potencialmente fatais. Com agências de notícias internacionais.

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