Algumas vezes, a mais revolucionária tecnologia pode ser superestimada, mas quando se trata da Internet das Coisas (IoT), toda essa discussão se justifica, nos mais diversos setores de negócios.
No setor dos serviços de saúde, a IoT prevê um ambiente no qual etiquetas inteligentes (como códigos de barras e etiquetas de identificação radiofrequência – RFID), beacons e sensores são fixados a objetos conectados à Internet, dando a eles uma voz digital. Por exemplo, quando esses dispositivos são usados por médicos, pacientes, equipamentos e medicamentos, os hospitais podem trabalhar com fluxos de dados que vão fornecer informações sobre o que está acontecendo em seus pacientes, operações e procedimentos. Dessa forma, serão capazes de analisar esses dados para apresentar insights que podem ser usados para tomar decisões mais inteligentes e eficientes.
Dados gerados em tempo real pelos dispositivos IoT vão exigir uma ação e uma resposta imediata, enquanto sistemas de Big Data vão auxiliar a revelar tendências que podem ajudar profissionais da saúde a rever os fluxos de trabalho e até identificar formas de melhorar diagnósticos, cuidados e tratamentos.
A necessidade dos pacientes de receber um nível de atenção mais pessoal, de forma oportuna e atenciosa, também está afetando a demanda por soluções IoT. Por conta da alta expectativa dos pacientes, muitos hospitais estão contratando diretores experientes para garantir uma experiência exemplar. No entanto, com centenas de pessoas passando pelas por suas portas diariamente, os hospitais estão sendo desafiados a ajudar seus médicos e enfermeiros a melhorar os cuidados, proporcionando um atendimento mais personalizado sem deixar de manter a eficiência das operações. Felizmente, a gestão de ativos de negócios (Enterprise Asset Intelligence) e a análise de dados podem transformar esse diagnóstico difícil em uma fórmula para o sucesso.
Um estudo da Forrester Consulting de 2014 encomendado pela Zebra Technologies mostrou que 97% das organizações de saúde pesquisadas concordam que a IoT será a iniciativa tecnológica mais estratégica nesta década – indicando o potencial para um ambiente de trabalho mais seguro e uma melhor experiência para os pacientes. Muitas instituições acreditam que podem ter acesso às informações que precisam para aprimorar a experiência e os resultados para os pacientes, explorando a inteligência de ativos para apoiar o tratamento. Em alguns países da América Latina, calcula-se que os custos financeiros anuais de acidentes atribuídos a equívocos com medicamentos junto com outras razões estão na casa dos bilhões de dólares. A Internet das Coisas oferece formas de trabalho melhores e mais seguras que ajudam a evitar esses problemas. Seguem três exemplos:
Tratamento crítico
Em situações médicas críticas, tempo é essencial. Por exemplo, no caso da angioplastia, a meta pode ser operar o paciente em 60 minutos. É importante dar ao paciente uma pulseira com código de barras para ser lida à medida que o paciente se movimento durante das fases de tratamento, contar com alarmes que podem notificar os médicos automaticamente quando a melhora não é identificada, permitindo-lhes intervir, se necessário.
Coleta de amostras
Apesar dos melhores esforços, podem ocorrer erros quando se coletam amostras de sangue ou outros materiais. Por meio da utilização de computadores portáteis e impressoras, é possível pode evitar esses erros críticos. Enfermeiros podem usar seus computadores à beira do leito para ver quais exames são necessários, verificar a pulseira do paciente para confirmar sua identificação, guiar-se pelo processo de coleta e imprimir etiquetas de código de barras que serão fixadas à amostra. Códigos de barras asseguram que as amostras sempre serão identificadas corretamente e poderão ser rastreadas com facilidade.
Há mais de 40 anos, a Zebra tem desenvolvido componentes que são relevantes para a atual IoT. Tecnologias como sensores, códigos de barras, RFID e redes sem fio existem há décadas, mas a chegada da nuvem e a onipresença das redes sem fios têm feito com que dispositivos de conexão coletem dados muito mais facilmente.
Isso permite que médicos controlem a saúde do paciente com mais precisão e, ao longo do tempo, melhorem a gestão dos dados dos pacientes. A Internet das Coisas vai fazer avançar ainda mais esse setor, proporcionando mais visibilidade e otimizando processos para aprimorar a experiência dos pacientes.
Alex Castañeda, vice-presidente e gerente geral da Zebra Technologies para América Latina.