Tecnologia permite monitoramento em tempo real de pacientes

Pesquisas revelam que cerca de 120 mil extubações nos Estados Unidos ocorrem por ano, a maioria delas não realizadas por médicos ou enfermeiros, mas devido a quedas ou remoções pelos pacientes. Essa situação tem ocasionado em torno de 33 mil mortes que seriam totalmente evitáveis por meio de um sistema que possibilitasse o monitoramento dos pacientes.

Monitorar o paciente 24 horas é fundamental, mas também um desafio, pois exige nos hospitais uma grande quantidade de profissionais. Para permitir que os profissionais atuem imediatamente nos momentos críticos para evitar complicações, sem, contudo, que se tenha que manter um profissional ao lado do paciente 24×7, a consultoria de TI e negócios NTT Data desenvolveu a solução conhecida como Virtual Patient Observation (VPO, ou observação virtual de paciente, em tradução livre).

A solução, por meio do uso do 5G, edge computing e inteligência artificial (IA), faz o monitoramento 24×7 dos pacientes, dispensando a presença da equipe de enfermagem nos quartos. As imagens, capturadas por meio de câmeras que monitoram o tempo todo o paciente, são transmitidas aos a plataforma da solução onde são analisadas por software, que classifica as imagens em três categorias: sem risco de evento adverso, risco médio e risco iminente.

No caso de uma das duas últimas opções, que podem incluir eventos como quedas, extubação voluntário ou involuntária e pedido de ajuda a enfermeiros, a equipe médica é prontamente acionada por meio de um alarme disparado pela ferramenta.

“Trata-se de uma tecnologia construída com o foco no apoio médico em situações críticas”, afirma Marco Galaz, sócio de telecom da NTT Data. “Ao mesmo tempo em que garantimos maior segurança ao paciente, otimizamos o tempo dos profissionais de saúde, que podem focar seus esforços em tarefas urgentes e em que a participação humana seja necessária.”

Além do uso da tecnologia para prever situações que coloquem em risco a vida do paciente, o VPO também faz um mapeamento completo do quarto, detectando desde objetos como camas e cadeiras até a presença de enfermeiros, além de fazer um consumo sustentável de energia e possuir escalabilidade para hospitais de diferentes tamanhos.

Cuidado com a privacidade dos pacientes

A precaução com as informações sigilosas dos pacientes é outro ponto de destaque do VPO. A ferramenta leva em consideração a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Todas as informações capturadas pelas câmeras são utilizadas exclusivamente pela ferramenta, e nenhuma delas é armazenada. Assim, se previne o uso de qualquer imagem do paciente num ambiente fora do propósito para qual a imagem é capturada.

“O uso responsável de dados sensíveis, especialmente na Saúde, é cada vez mais necessário, ainda mais considerando novas regulações e os crescentes incidentes de vazamentos dessas informações. Ao garantirmos que nada capturado possa sair do ambiente médico, mantemos como único foco da nossa ferramenta a melhora na vida das pessoas”, afirma Galaz.

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