InRad completa três anos com maior data lake de saúde do Brasil

O In.Lab, centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação em inteligência artificial aplicada à saúde do Instituto de Radiologia (InRad} do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) , completa três anos.

Idealizado em parceria com a Siemens Healthineers, o espaço é destinado a parceiros, startups e pesquisadores que desenvolvem projetos de inteligência artificial (IA) voltados às melhorias e soluções das diferentes etapas da jornada do paciente e da cadeia da saúde. Entre as principais frentes estão prevenção, diagnóstico e tratamento e, até mesmo, gestão, que tem como objetivo otimizar o serviço de saúde como um todo.

Com equipes multidisciplinares e espaço próprio, o centro é o único no país que segue o modelo de tríplice hélice para inovação. “O conceito tríplice hélice surgiu em meados dos anos 1990 e descreve o modelo de inovação baseado na relação do tripé universidade, empresa e governo. No In.Lab, seguimos esse sistema, pois acreditamos que a ciência acadêmica, em parceria com empresas e governo, pode contribuir significativa e decisivamente para o desenvolvimento socioeconômico do país”, explica o médico. Marcio Biczyk, diretor técnico do In.Lab.

Para melhor desenvolvimento dos trabalhos, o In.Lab atua em três etapas: dados e estrutura, que organiza as informações para atuação no funil de machine learning; desenvolvimento de algoritmos e aplicação de testes de aprimoramento em modelos de aprendizagem; e integração clínica e validação, o que garante a segurança durante a aplicação das descobertas em IA e o acompanhamento na prática.

“O In.Lab tem um papel importante na estratégia de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a Siemens Healthineers. Para inovar, é preciso contar com atores diversos, e esse tipo de conexão tem sido possível por meio do In.Lab, especialmente no que diz respeito a projetos e pesquisas que tangem tecnologias como inteligência artificial, que reconhecidamente tem necessidades de grandes volumes de dados e domínio e conhecimento na área da saúde. O centro de pesquisa facilita e potencializa justamente estes pontos, a conexão com o Instituto de Radiologia e o Hospital das Clínicas são cruciais para projetos que possam ser traduzidos em produtos, serviços ou soluções práticas, que tenham impacto positivo no mercado ou na sociedade”, afirma Patrick Martins, head de pesquisa e desenvolvimento da Siemens Healthineers no Brasil.

Com o maior data lake em saúde do Brasil e uma estrutura com informações e imagens médicas que pode acelerar as pesquisas, mudar o ensino da medicina e promover o ecossistema de inovação em saúde, o In.Lab já desenvolveu 45 projetos nesses três anos.

“Criamos o In.Lab com o objetivo de fomentar pesquisa e conhecimento para impactar na qualidade da assistência em saúde oferecida à população brasileira e ampliar seu acesso. Nesses três anos, colhemos frutos importantes, como o 7 Tesla, que reduz ruído instrumental em ressonâncias magnéticas; o RadVid19, plataforma que auxiliou médicos e instituições a identificar a presença do coronavírus utilizando imagens de raio X e tomografias do tórax, a partir de algoritmos e tecnologia de IA, e seguimos com projetos e parcerias que trarão ainda mais benefícios aos brasileiros”, declara Giovanni Cerri, presidente dos conselhos do InRad e do InovaHC, do HCFMUSP.

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