IA ajuda a evitar desperdício de dinheiro em tratamentos, afirma especialista

Gastos com saúde pesam no bolso daqueles que buscam atendimento particular — e também no orçamento dos planos de saúde. Exames e medicamentos desnecessários, além do elevado tempo de internação dos pacientes, são algumas das razões para esse alto investimento, mas que podem ser evitadas.

A inteligência artificial (IA) é peça fundamental nesse processo. Com o acompanhamento regular de pacientes crônicos, é possível estabilizar e evitar complicações das doenças, reduzindo assim, a utilização do pronto socorro e a taxa de internação. No âmbito hospitalar, ter o histórico do paciente em forma de dados estruturados, possibilita uma intervenção mais rápida e precisa, o que evita a realização de exames desnecessários e a compra de medicamentos que não são adequados. A IA é o melhor caminho para subsidiar a tomada de decisões.

Cristian Rocha, CEO da Laura, destaca que a inteligência artificial também tem importante atuação na agilidade com que as informações são analisadas, permitindo que o profissional da saúde priorize o cuidado com o paciente. “Hoje um médico e sua equipe assistencial passam cerca de 50% de seu tempo analisando informações de prontuários eletrônicos e apenas 25% com o paciente, de acordo com o estudo Allocation of Physician Time in Ambulatory Practice, publicado no jornal acadêmico Annals of Internal Medicine. Logo, utilizar ferramentas tecnológicas que permitam uma comunicação mais integrada e um trabalho mais estratégico dos profissionais da área é de suma importância para ampliar o acesso à saúde e tornar o cuidado com os pacientes mais eficiente”, afirma.

Acompanhar os pacientes bem de perto é uma excelente forma de reduzir o desperdício de recursos em saúde. Sabendo as reais necessidades do paciente e acompanhando-o, as linhas de cuidado identificam de forma antecipada mudanças na condição clínica e sugerem adequações necessárias. Também evitam a solicitação de exames repetidos por diversos profissionais a um mesmo paciente, que passa por um único médico de família, tendo consultas pontuais com especialistas quando necessário.

Isso tudo é possível através da tecnologia, que permite previsibilidade; ações; integração de informações; e comunicação entre profissionais.

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