Home office será parcial no pós-pandemia, dizem especialistas

Muito comum em outros países, o home office ainda enfrentava uma certa resistência no Brasil – até a pandemia de Covid-19. Com a imposição do isolamento social, um novo mundo se abriu para empresas e trabalhadores.

Para abordar “ O futuro das relações de trabalho no pós-pandemia: incentivos e novos modelos”, o Conahp 2020, que se encerrou na sexta-feira, 20,  reuniu Mario dal Poz, professor titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Solon de Almeida Cunha, sócio da área trabalhista do escritório Mattos Filho, Sérgio Amad Costa, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Guilherme Cavalieri, presidente da ABRH e superintendente de Recursos Humanos do A.C. Camargo Câncer, como moderador.

A opinião sobre a continuidade do home office no novo normal foi unânime: o sistema de trabalho vai permanecer, mas será intercalado com dias presenciais, o que é chamado de modelo híbrido. “As organizações devem analisar a experiência do home office durante a pandemia com cautela, pois não está sendo exercido em um período de normalidade”, alertou Costa.

Além desta questão prática, os participantes discutiram outras mudanças que não foram oriundas da pandemia, mas que ganharam maior relevância e visibilidade neste ano. “Estamos vivendo um momento muito diferente, do ponto de vista de recursos humanos e do direito do trabalho. Tivemos o julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a terceirização e estamos diante de um julgamento que deve entrar na pauta em breve sobre a ‘pejotização’”, explicou Cunha. Ainda sobre as mudanças jurídicas, destacou o impacto da inclusão das doenças pandêmicas como doenças do trabalho e a importância da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) nos aplicativos de saúde.

“Com ou sem pandemia, o envelhecimento da população e o crescimento das doenças crônicas degenerativas têm aumentado no mundo inteiro a necessidade de profissionais da área de saúde. Hoje, há um déficit importante em todas as regiões do mundo. Compatibilizar o aumento das demandas com os recursos disponíveis é uma questão de política pública, mesmo no setor privado”, finalizou dal Poz.

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