Embora a maioria das mortes maternas seja evitável, a realidade é que os altos índices mostram que o tema ainda é um desafio para a saúde pública do país. De acordo com o Ministério da Saúde, no triênio 2019/2021, cerca de 107,53 mães morreram a cada 100 mil nascidos vivos, voltando ao patamar de vinte anos atrás.
Para tentar mudar essas estatísticas, a Organon, empresa global de saúde feminina, está lançando no Brasil o Sistema Jada®. Trata-se de um dispositivo intrauterino que induz a contração do útero por meio da criação de vácuo, levando, assim, ao controle do sangramento uterino anormal pós-parto ou da hemorragia uterina pós-parto causados por atonia uterina. Isso quando o tratamento medicamentoso não está sendo suficiente para o controle do sangramento e busca-se evitar medidas cirúrgicas mais agressivas, como a remoção do útero.
A hemorragia pós-parto (HPP) é a segunda causa de morte materna no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, perdendo apenas para a hipertensão. Segundo a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), a HPP é definida como a perda sanguínea maior que 500 ml nos partos vaginais e maior que 1000 ml na cesariana, em até 24 horas após o parto. A atonia uterina, que acontece quando o órgão não se contrai após o nascimento do bebê, é a causa mais comum de HPP, responsável por cerca de 70% dos casos. A HPP representa riscos graves para a mãe, incluindo anemia, necessidade de transfusão de sangue, infertilidade (nos casos cujo tratamento se dá com a histerectomia) e até mesmo a morte.
“O diagnóstico precoce da hemorragia pós-parto é fundamental, pois a demora no controle do sangramento aumenta o risco de morte. O diferencial do Sistema Jada® é sua alta eficácia, rapidez e facilidade de uso e mecanismo de ação que estimula a ação fisiológica esperada do útero após o parto, conforme demonstrado em estudos clínicos”, explica Andrea Ciolette Baes, Diretora de Saúde Feminina da Organon Brasil.
Já comercializado nos Estados Unidos, o Sistema Jada® em um estudo de vida real, recém-publicado, com 800 gestantes mostrou que o dispositivo apresentou uma taxa de sucesso de tratamento de, 92,5% para partos vaginais e 83,7% para cesáreas. Além disso, o controle definitivo do sangramento foi atingido em menos de 5 minutos em 73,8% dos partos vaginais e 62,2% das cesáreas.
“Esperamos que o Sistema Jada seja um importante aliado para auxiliar o Brasil a cumprir o compromisso firmado por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU de reduzir até 2030 a mortalidade materna para até 30 mortes a cada 100 mil nascidos vivos, proporcionando, assim, um futuro mais seguro para mães e bebês do país”, conclui Andrea.
Como o Sistema Jada funciona?
O Sistema Jada foi desenvolvido para aplicar um vácuo de baixa pressão dentro do útero, o que ajuda a estimular a contração do órgão, em atonia, e controlar o sangramento. O dispositivo é inserido no útero através da vagina. Uma vez posicionado, é conectado ao aspirador à vácuo que cria uma pressão negativa dentro útero. O Sistema Jada® é fácil de usar e pode ser inserido no útero por um profissional de saúde, desde que devidamente treinado.