Unidas e autogestões implantam centro de infusão compartilhado em Minas

Com pressão de custos e um desafio enorme de sustentabilidade financeira, três empresas de autogestão em saúde filiadas à Unidas – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde, inauguraram o primeiro centro de infusão compartilhado de Minas Gerais. A clínica, focada na aplicação de medicamentos que precisam de acompanhamento médico, terá toda gestão compartilhada entre Cemig Saúde, Copass Saúde e FundaFEEMG.

Para Anderson Mendes, presidente da Unidas Nacional, o projeto consolida a visão de compartilhamento que a entidade tem incutido nas filiadas. “As operadoras de autogestão, por não possuírem fins lucrativos, estão ainda mais pressionadas que o restante do mercado da saúde suplementar. Por isso, é fundamental termos alternativas inteligentes para lidar com os custos crescentes. Como as autogestões não concorrem entre si, compartilhar infraestrutura de serviços é um ganho para todos”, explica.

Esta é a primeira vez que três operadoras de saúde se unem para fazer uma gestão conjunta de um centro de serviços de infusão — clínica de atendimento na qual pacientes recebem a aplicação de medicamentos que demandam um acompanhamento médico. As vantagens do modelo são claras: as operadoras irão analisar indicadores de maneira conjunta, além de terem uma economia real com esse tipo de serviço de até 20% nos custos atuais.

Localizada próximo a região hospitalar, bem no centro da cidade de Belo Horizonte, a nova clínica conta com 450 metros quadrados de área construída e capacidade de atendimento de até 2 mil pacientes/mês. “Esse é o primeiro centro gerido de forma combinada, centralizando um serviço que antes era contratado individualmente. As operadoras têm um ganho de eficiência financeira e inteligência na gestão do paciente. Por isso, queremos cada vez mais que projetos como esse sendo implementado pelas nossas filiadas”, complementa o presidente da entidade.

O que é um centro de Infusão

No tratamento de algumas doenças, é necessário a aplicação da medicação intramuscular, oral, subcutânea ou endovenosa e, consequentemente é importante que o paciente tenha acompanhamento médico até o final da medicação. Isso envolve armazenamento de medicação, manipulação e descarte corretos sem falar em pessoas capacitadas para fazer o acolhimento e o tratamento completo. Para Anderson Ferreira, presidente da Cemig Saúde, “mais que uma maneira de impactar na saúde dos beneficiários, é uma maneira dos pacientes se sentirem acolhidos, cuidados e amparados em um momento tão sensível.”

Otimista, Wesley Nunes superintendente da Unidas de Minas Gerais, vê um grande potencial de expansão do projeto para além de Belo Horizonte. “Pretendemos ampliar essa atuação conjunta para Poços de Caldas, Pouso Alegre, Varginha e outras cidades. “Nosso objetivo é regulamentar a coparticipação das associadas afim de diminuir os custos e gerar uma utilização mais otimizada dos recursos e dos planos, até como uma maneira de promover ainda mais sustentabilidade das autogestões.”

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