Buscas pelo termo “burnout” crescem 83.08% na internet em 2024, aponta levantamento

Nos últimos anos, doenças mentais relacionadas ao ambiente de trabalho têm representado um desafio significativo para a saúde pública e para a gestão de recursos humanos das organizações. Em 2023, o INSS registrou 288.865 afastamentos por transtornos relacionados ao universo corporativo, um crescimento de 38% em comparação com 2022. Segundo uma pesquisa da Semrush, plataforma de marketing digital especializada em visibilidade online, o assunto continua sendo pauta em 2024.

De acordo com o levantamento, o termo “burnout” foi pesquisado 368 mil vezes na internet em abril, um aumento de 83.08% em relação ao mesmo período do último ano. Além disso, “burnout sintomas” também registrou crescimento, saltando de 40.5 mil buscas em abril de 2023 para 74 mil no mês passado. Segundo o  Ministério da Saúde, a síndrome de burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.  A principal causa da doença é justamente o excesso de atividades. Por isso, desde 2022, a OMS relaciona a síndrome com o ambiente corporativo

Erich Casagrande, Líder de Marketing da Semrush no Brasil, aponta que a coleta e análise das buscas feitas na internet são fundamentais para entender a extensão do impacto de diversos assuntos do cotidiano: “Esse tipo de levantamento nos permite identificar tendências no mercado de trabalho e as áreas críticas que necessitam de profissionais qualificados. Neste caso, é preciso da atenção tanto dos profissionais de saúde como de gestão de carreira. Fica claro que a saúde ocupacional deve ser melhor gerida dentro das organizações”.

Além disso, é interessante analisar que, na pesquisa, termos relacionados à saúde mental, por si só, não apresentaram crescimento. No entanto, houve um aumento no interesse da população quando esses transtornos foram associados ao trabalho. As buscas por “saúde mental”, por exemplo, sofreram uma queda de 17.73% no último ano, enquanto “saúde mental no trabalho” teve um aumento de 49.38% no mesmo período. O mesmo aconteceu com “ansiedade” (-18.29%) e “ansiedade no trabalho” (+23.08%). Já as pesquisas por “estresse” não tiveram alterações significativas em relação ao último ano, mas “estresse no trabalho” cresceram  20.83% entre os brasileiros.

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