A ePharma deu início a um programa de parcerias com startups e acaba de firmar um acordo de cooperação com a SafePill – que tem como incubadora a Eretz.bio, do Hospital Israelita Albert Einstein. O objetivo é liderar a formação de um amplo ecossistema para conectar provedores de soluções de saúde, mercado farmacêutico e a população que utiliza medicamentos.
“Com parcerias como essa, esperamos ampliar a adesão de beneficiários de planos e funcionários das empresas a tratamentos clínicos, contribuindo para reduzir índices de absenteísmo desses profissionais e incentivar a gestão preventiva de saúde”, ressalta Leopoldo Veras, diretor associado de PBM e alianças da ePharma, que atua como uma autêntica health tech, por meio de metodologias ágeis baseadas na cultura digital e no uso intensivo de dados.
A SafePill iniciou operações no início do ano, com a proposta de aprimorar a administração do consumo de medicamentos de prescrição, especialmente entre pacientes com doenças crônicas. A startup criou uma box personalizada para cada usuário, onde os remédios vêm separados dentro de embalagens, nas quais já estão descritos o dia e horário da ingestão. Quando uma box estiver chegando ao fim, uma nova será enviada automaticamente para a residência do paciente, com base na prescrição.
A plataforma também oferece assistência com uma equipe de farmacêuticos clínicos, que acompanha o tratamento e monitora as interações medicamentosas. “A solução garante mais segurança e reduz risco de erros na hora de tomar a medicação. O paciente também ganha autonomia, pois muitas vezes não quer ou não pode contar com o apoio de familiares ou cuidadores”, argumenta Arlei Alves da Silva, cofundador da SafePill.
Integração de medicamentos ao plano de saúde
Para Leopoldo Veras, a aproximação com a SafePill contribui para incorporar os medicamentos à oferta de serviços da saúde suplementar. “Historicamente, prevaleceu a visão de que medicamentos agregam somente custo aos planos. Ao mudar essa lógica, o paciente se sente motivado a acompanhar suas condições clínicas, evitando o agravamento de doenças, afastamentos do trabalho e queda de produtividade. E empresas e operadoras ainda têm uma maior previsibilidade financeira”, avalia.
O executivo acredita que esse ecossistema pode ser determinante para mudar a realidade do acesso à saúde no Brasil. “Esperamos ter no país matemáticas como a dos Estados Unidos, onde cada US$ 1 que o sistema de saúde destina para prevenção poupa US$ 7 na rede assistencial”, observa.