Projeto de healthtech mostra por que os Agentes Comunitários de Saúde estão entre os profissionais mais importantes do setor

Segundo o artigo “Community Health Workers at the Dawn of a New Era”, publicado na Health Research Policy and Systems, da BMC, o Brasil é um dos líderes na melhoria de saúde da população com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Porém, mesmo exercendo um papel crucial na prevenção de doenças e educação da comunidade, muitas vezes a profissão não recebe o reconhecimento merecido. Por essa razão, a epHealth, referência em tecnologia para saúde e pesquisas clínicas, vem conscientizando os brasileiros sobre a importância desses profissionais com o projeto Vida de ACS.

Mantido por meio do Instituto epHealth, iniciativa da healthtech que fortalece e amplia as ações de saúde pública no País, o programa é realizado por meio de um app gratuito e das redes sociais, onde são compartilhadas histórias ricas sobre a categoria de trabalhadores. Hoje, 43 mil seguidores no Instagram, 20 mil no Facebook e 45 mil cadastrados no aplicativo acompanham esses relatos.

Pedro Marton Pereira, CEO e Cofundador da epHealth, ressalta que, junto do awareness, o projeto também tem o objetivo de acolher os profissionais. “É importante que essas pessoas entendam a dimensão da relevância deles e se unam, trocando conexões em um ambiente leve. Além disso, sabemos dos desafios dos ACS, então montamos um espaço que oferece a eles a possibilidade de divulgar campanhas e acessar materiais ricos que construímos através das nossas parcerias com grandes instituições da saúde”, completa.

O Instituto está trabalhando no desenvolvimento de novas parcerias para fortalecer a comunidade, com a meta de trazer mais especialistas e instituições que possam contribuir e gerar ainda mais valor para esses especialistas da área de saúde. Nesse sentido, uma das ações planejadas para o futuro é uma trilha de aprendizado gratuita e com potencial certificação na função.

Quem são os Agentes Comunitários de Saúde?

Segundo o Ministério da Saúde, o ACS “é um dos profissionais que compõem a equipe multiprofissional nos serviços de atenção básica à saúde e desenvolve ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, tendo como foco as atividades educativas em saúde, em domicílios e coletividades”. Ou seja, é uma pessoa que age próxima à comunidade, incluindo em locais remotos e de difícil acesso.

Atualmente, a categoria é uma das mais importantes no que diz respeito à busca por soluções que ajudem a alcançar a meta de “saúde e bem-estar”, um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU, assinados por diversos países, incluindo o Brasil, para serem estabelecidas até 2030. Esse status se deve, principalmente, à nova perspectiva de acesso que o trabalhador tem, seja a lugares ou pacientes, por conta do avanço tecnológico do setor.

Com o suporte da epHealth, por exemplo, além do apoio educativo da comunidade, os profissionais podem atuar de maneira offline em locais de difícil acesso, com o acesso imediato a indicadores, alertas, e processos críticos, por meio de um aplicativo gratuito. Dessa forma, cada paciente passa a ter uma assistência e até um treinamento para uma série de situações, desde as mais tranquilas às graves.

Pereira ressalta que há um caráter ESG (Ambiental, Social e Governança) em torno dessa realidade, o qual precisa ser difundido globalmente com iniciativas como o projeto Vida de ACS. “Muitas pessoas só olham para a parte do meio ambiente, mas o ‘social’ e a ‘governança’ regem praticamente todos os setores da sociedade. É dentro dessa lógica que os agentes podem mudar a base da saúde, promovendo mais acessibilidade e inteligência para enfrentar diferentes doenças”, conclui.

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