Buscando ampliar a qualidade e a oferta dos serviços prestados em saúde pública, o Hospital Márcio Cunha (HMC), por meio da mantenedora Fundação São Francisco Xavier, apresentou nesta sexta-feira, 24, o novo Centro Integrado de Medicina Nuclear implantado na unidade.
Dentre os serviços prestados, o destaque é a aquisição do moderno equipamento de PET-CT (Positron Emission Tomography – PET), que é acoplado a um tomógrafo computadorizado – CT, que permite a realização de exames de imagem em alta complexidade, para tratamento de câncer e outras doenças, a pacientes assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O PET-CT do HMC será o 11º equipamento inserido no sistema de saúde de Minas Gerais e o 7º serviço do interior do estado a oferecer o exame pelo SUS. Com a implantação do procedimento, o hospital passa a ser referência oncológica para aproximadamente 2,3 milhões habitantes de 135 municípios da macrorregião do Vale do Aço, Leste e Nordeste de Minas.
Com uma estrutura de 700m², o Centro Integrado de Medicina Nuclear tem o objetivo de centralizar e otimizar os atendimentos aos pacientes assistidos. Além do PET-CT, a unidade contará com um novo equipamento de ponta, a Gama Câmara, que irá ampliar a qualidade dos exames de cintilografia, oferecendo maior rapidez e resolução na aquisição das imagens. O espaço também abrigará um novo ambulatório de terapia com radioisótopos, que são substâncias que emitem radiação usadas tanto para o diagnóstico, quanto para o tratamento de alguns tipos de câncer, como de próstata e neuroendócrino.
Para o Diretor-Presidente da FSFX, Flaviano Feu Ventorim, a chegada do PET-CT junto com a implantação dos exames de medicina nuclear que anteriormente eram oferecidos na Unidade de Oncologia, no novo centro, em um único espaço, impactará positivamente na agilidade para no tratamento câncer, entre outras doenças.
“A FSFX, como uma Instituição fomentadora na oferta de serviços de saúde, traz para a região, um exame de alto nível de precisão aliado a um novo espaço que vai agregar os atendimentos de Medicina Nuclear, evitando a peregrinação dos pacientes e oferecendo um dos melhores atendimentos em medicina nuclear do estado”, ressalta Flaviano.
Custeado em R$ 7 milhões, o processo para aquisição do PET-CT teve início em 2021, com recursos de R$ 5 milhões disponibilizados pelo Ministério da Saúde, que foram viabilizados por intermédio dos então Senadores, Rodrigo Pacheco (atual presidente do Senado), e por Alexandre Silveira (atual Ministro de Minas e Energia). De acordo o setor de Relações Institucionais e Captação de Recursos da FSFX, para consolidar a aquisição do equipamento, foi necessário superar todas as diligências técnicas no projeto, entre avaliações e considerações perante o Governo Federal, com o apoio da Superintendência Regional de Saúde, que tem por finalidade garantir a gestão do Sistema Estadual de Saúde nas regiões do Estado de Minas Gerais.
As instituições envolvidas avaliaram diferentes quesitos como, a necessidade do equipamento na unidade, abrangência geográfica de atendimento e o impacto assistencial do serviço, entre outros. Além apresentar as evidências para ratificar a potencialidade da Instituição para adquirir o equipamento, a Fundação também entrou com uma contrapartida de R$ 10 milhões, sendo R$ 8 milhões para construção do novo Centro Integrado de Medicina Nuclear e os outros R$ 2 milhões para conclusão da compra do PET-CT.
Sobre o exame
O PET-CT é um aparelho que realiza exame de diagnóstico por imagem de alta precisão, por meio da emissão de pósitrons, capaz de verificar de forma ampla, o estágio da neoplasia, ou seja, as condições em que se encontra a doença no organismo do paciente. O procedimento reúne medicina nuclear e radiologia, e permite analisar com profundidade a anatomia e o metabolismo do paciente diante do câncer, além da resposta terapêutica ao tratamento. Por meio da administração de um fármaco no organismo do paciente, que libera a radiação, o aparelho escaneia e capta informações importantes que auxiliam a equipe médica na tomada de decisão para o tratamento. O exame é classificado como seguro pelos especialistas, não apresentando efeitos adversos significativos para a saúde do paciente. O equipamento também é funcional para a realização de tomografias habituais.
“Com o PET-CT, os especialistas terão acesso a imagens mais precisas e detalhadas, revolucionando a abordagem no tratamento oncológico. É tão eficaz que em determinados casos, elimina a necessidade de o paciente fazer outros exames, sendo efetivo não somente para o paciente oncológico, como também para outros atendimentos na área assistencial. Vale destacar que para garantir a eficiência do procedimento, o HMC dispõe de uma equipe especializada e treinada para a realização do exame, manutenção e aquisição dos insumos, para atuar com eficiência no atendimento aos pacientes”, evidencia o Diretor de Negócio do HMC, Eduardo Blanski.
Na nova unidade de Medicina Nuclear, o exame será feito mediante agendamento prévio, visto que o fármaco utilizado provém de tempo para garantir a eficácia do medicamento que tem a meia-vida de 2 horas e precisa ser solicitado com um prazo de até 24 horas de antecedência ao procedimento, de forma programada.
O exame é indicado para pacientes que estão em tratamento de câncer, para aqueles que já trataram (acompanhamento) e para os que acabaram de receber o diagnóstico, como também, para casos de doenças neurológicas e cardíacas. Em pacientes oncológicos, a necessidade do procedimento é avaliada pelo especialista responsável pelo tratamento do paciente. Para atendimentos realizados pelo SUS, o procedimento é permitido para quatro casos de neoplasia, linfoma Hodgkin e não Hodgkin, câncer de pulmão de pequenas não-células e colorretal.
“A implantação do Centro Integrado de Medicina Nuclear, e a aquisição do PET-CT reforça o trabalho desenvolvido no Hospital Márcio Cunha, de oferecer à comunidade o melhor em tecnologia e expertise em saúde. O novo Centro oferta serviços e equipamentos, para que com técnicas seguras e indolores permita ao médico definir com mais propriedade a conduta de tratamento a ser adotada caso a caso. Uma alternativa que não se restringe ao diagnóstico oncológico, mas com uma ampla aplicação em várias especialidades médicas”, ressalta Blanski.