A medicina regenerativa tem se consolidado como uma alternativa menos invasiva para o tratamento de lesões musculoesqueléticas e doenças articulares, como artrose e tendinites crônicas. Utilizando substâncias biológicas do próprio paciente, como sangue periférico, gordura ou aspirado de medula óssea, a técnica vem sendo adotada no Brasil como uma opção segura e eficaz para evitar intervenções cirúrgicas.
Segundo o ortopedista Adilio Bernardes, especialista na área, os tratamentos consistem na aplicação dessas substâncias em regiões lesionadas ou inflamadas, com o objetivo de estimular um processo natural de cura. “São utilizadas células jovens com alto potencial de regeneração, desinflamação e vascularização”, afirma o médico. Ele explica que, ao contrário de medicamentos tradicionais, que aliviam os sintomas, as terapias regenerativas atuam diretamente na origem do problema.
O uso crescente dessa abordagem está associado ao envelhecimento da população e à busca por qualidade de vida, especialmente entre pessoas ativas. De acordo com Bernardes, os procedimentos podem ser indicados tanto para jovens com lesões esportivas quanto para idosos com condições crônicas, representando uma alternativa para quem deseja evitar ou adiar uma cirurgia.
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Além da eficácia clínica, o especialista destaca que as terapias regenerativas têm baixo risco de rejeição ou reações alérgicas, já que utilizam material biológico do próprio paciente. São realizadas em ambiente ambulatorial e com recuperação rápida.
Entre os procedimentos mais comuns estão o Plasma Rico em Plaquetas (PRP), que utiliza o sangue do paciente para estimular a regeneração tecidual; o aspirado de medula óssea, rico em células-tronco; e as células mesenquimais extraídas da gordura corporal. “O objetivo da medicina regenerativa é tratar a causa da dor, e não apenas os sintomas. Com ela, conseguimos devolver ao paciente mais qualidade de vida, mobilidade e bem-estar”, conclui Bernardes.
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